Este trabalho objetiva avaliar o tempo dedicado às atividades cotidianas, sua significação e suas alterações durante o processo de transplante de células-tronco hematopoéticas em adultos. Trata-se de uma pesquisa descritiva, exploratória com abordagem quantitativa. A coleta de dados foi realizada na enfermaria do Serviço de Transplante de Medula Óssea de um hospital universitário do sul do Brasil. Foram utilizados questionário sociodemográfico e o Diário de Atividades em dois momentos, com pacientes internados para realização de transplante de células-tronco hematopoéticas. Os dados foram verificados por meio de análise estatística descritiva simples. A amostra foi de 18 participantes. Atividades como banho/ higiene íntima/uso do vaso, vestuário, alimentação e sono, continuaram sendo realizadas por 100% dos participantes durante a internação. Houve aumento do tempo para realização de tratamentos médicos e terapia, bem como para descansar e receber visitas. Atividades como locomoção/deslocamento deixaram de ser realizadas, enquanto apareceram comportamentos como chorar e ficar chateado/deprimido. O trabalho remunerado se manteve significativo nas duas entrevistas. A alimentação apresentou queda na satisfação, porém manteve-se significativa. Pode-se concluir que diversas atividades sofrem alterações durante o transplante, demonstrando a importância da presença do terapeuta ocupacional na equipe multiprofissional para auxiliar na ressignificação do cotidiano e na retomada de atividades significativas ao longo desse processo.