A cor da madeira é uma característica decisiva na escolha de pisos pelos consumidores. O objetivo deste estudo foi fazer a caracterização colorimétrica de pisos de cinco espécies tropicais amazônicas: Dipteryx odorata (cumaru), Handroanthus spp. (ipê), Hymenaea courbaril (jatobá), Astronium lecointei (muiracatiara) e Bowdichia virgilioides (sucupira-preta), bem como correlacionar os parâmetros colorimétricos com a densidade básica da madeira. A caracterização colorimétrica foi determinada na face superior tangencial dos pisos, obtendo-se os parâmetros colorimétricos L* (luminosidade), a* (coordenada cromática verde-vermelho) e b* (coordenada cromática azul-amarelo), com base no sistema CIEL*a*b*, e os parâmetros C (saturação) e h* (ângulo de tinta) foram calculados. Os resultados foram submetidos à análises de variância e ao teste de Tukey (p≤0,05) para verificar diferenças entre as espécies e avaliou-se a correlação de Pearson entre os parâmetros colorimétricos e a densidade básica da madeira. Os parâmetros colorimétricos variaram entre as espécies, com L* de 47,43 a 63,08; a* de 6,50 a 13,52; b* de 17,74 a 26,16; C de 18,89 a 29,31; e, h* de 61,56 a 69,86 e esses apresentaram baixa variação dentro da mesma espécie. Conclui-se que os pisos de madeira das espécies cumaru, ipê e sucupira-preta são escuros e os de jatobá e muiracatiara, claros. Há uma correlação inversa entre a densidade básica e a luminosidade (L*) das madeiras avaliadas. A colorimetria pode ser utilizada como critério auxiliar de classificação de madeiras destinadas à produção de pisos.