Viver as interseccionalidades de uma mulher negra bissexual interiorana na Amazônia paraense é refletir sobre as estruturas de violências e pertencimentos através da coletividade que podem construir esta experiência. Diante disso, esta pesquisa tem por objetivo refletir como funciona o processo de pertencimento para uma mulher negra bissexual que se desloca do interior (Bragança-PA) para a capital (Belém-PA), partindo de uma perpectiva descolonial e qualitativa e utilizando como instrumento metodológico a escrevivência de Conceição Evaristo. Portanto, cabe reconhecer que o território e seus contextos, como por exemplo as estruturas cisheteronormativas, impactam significativamente no autorreconhecimento, bem como a presença da coletividade e do aquilombamento têm efeitos positivos para processos de reconhecimento e retomada de si.