Introdução. Para um bom funcionamento dos processos de memória é indispensável que o indivíduo tenha uma boa qualidade de sono. Com isso, uma má qualidade de sono pode impactar na memória dos estudantes universitários. Objetivo. Verificar a associação entre a autopercepção da qualidade do sono e das queixas de memória em jovens universitários. Método. Trata-se de um estudo de campo transversal, de caráter analítico, com abordagem quantitativa. A população do estudo foi composta por meio de uma amostra de 519 estudantes, selecionados por conveniência, não-probabilística, com média de idade de 22,9±5,5, sendo 408 mulheres 111 homens. Para a coleta dos dados, foram utilizados: o questionário de Memória Prospectiva e Retrospectiva para analisar as queixas de falha de memória; um questionário, elaborado pelos pesquisadores, para identificar as queixas de memória relacionadas ao ambiente acadêmico; e o Índice de qualidade do Sono de Pittsburg para verificar a qualidade do sono. Os dados foram analisados estatisticamente, de forma descritiva e inferencial, por meio do teste Qui-Quadrado, com p<5%. Resultados. Foi possível observar que os estudantes declaram ter uma boa qualidade do sono. Verificou-se que os estudantes que referem uma pior qualidade do sono sinalizaram uma maior frequência nas queixas de memória. Os participantes que acreditam que a rotina universitária provoca um aumento nas falhas de memória afirmaram ter uma qualidade do sono muito ruim. Conclusão. Há associação entre qualidade do sono e queixas de memória. Os discentes que referem uma pior qualidade do sono apresentam maior frequência nas queixas de memória.