“…Para investigar os três aspectos propostos nesta pesquisa, ou seja, o design dos materiais, as representações de ensino-aprendizagem de LI em circulação no curso, e as práticas de aprendizagem em funcionamento, elegemos: (1) dizeres e relatos de alunos em fóruns voltados para a discussão da produção oral em língua inglesa, no início e penúltimo semestre do curso e (2) respostas a questionários sobre o AVA e os guias de estudo e sobre práticas de aprendizagem de língua inglesa dentro e fora do AVA aplicados ao longo do curso. Sobre (1), a escolha desse recorte se dá pelo fato de que o "domínio da oralidade" configura-se como sinônimo de aprendizagem de língua estrangeira (LE), havendo, nesse sentido, uma ressonância discursiva entre "falar a LE" e "saber a LE" (BRITO & GUILHERME, 2014). O desejo desse domínio é perpassado pelo imaginário de uma língua ideal (e, portanto, inatingível) e é reforçado, sobretudo, pelo discurso midiático acerca do ensino de línguas estrangeiras (GUILHERME, 2009;GRIGOLETTO, 2010;BRITO, 2012), o qual, por sua vez, incide na relação do sujeito para com a língua que aprende-ensina, gerando, inclusive sentimentos de fracasso.…”