Neste trabalho, apresentamos o resultado da pesquisa que teve como objetivo investigar o movimento discursivo da passagem do sujeito pragmático Marina Silva para a posição-sujeito utópico, e, portanto, sujeito do discurso, e os efeitos-sentido que se constituem nessa posição-sujeito, inscritos numa rede de memória discursiva. O corpus da pesquisa foi construído por pesquisadores (professores, alunos de IC, mestrandos e doutorandos) do Grupo de Pesquisa em Análise de Discurso (GPADis/UESB/CNPq) e faz parte do banco de dados do Laboratório de Pesquisa em Análise de Discurso (LAPADis/Uesb), constituído de textos que circulam em diferentes suportes midiáticos sobre a mulher que atua nas esferas de poder político do Brasil: executivo, legislativo e judiciário. Operamos um recorte de sequências discursivas (SD) que discursivizam sobre o sujeito pragmático Marina Silva, candidata a presidente da República do Brasil, nas eleições de 2010 e 2014, que julgamos pertinentes, e construímos o corpus discursivo sobre o qual operamos o processo analítico. Na análise, mobilizamos conceitos do quadro teórico da Análise de Discurso (AD), inaugurada por Pêcheux, e dialogamos com áreas do campo das ciências humanas, sociais e aplicadas para mostrar o funcionamento da posição-sujeito utópico e o deslizamento dos sentidos como efeitos em diferentes campos. Os resultados indicaram o funcionamento da posição-sujeito-utópico imbricada com três efeitos-sentido: efeitos-sentido de utopia, efeito-sentido de sonho e efeito-sentido de princípio.
Como citar:
AMORIM, Mayara Archieris. Posição-sujeito utópico e efeitos-sentido. Orientadora: Maria da Conceição Fonseca-Silva. 2015. 94f. Dissertação (mestrado em Linguística) – Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Programa de Pós-graduação em Linguística, Vitória da Conquista, 2015. DOI: https://doi.org/10.54221/rdtdppglinuesb.2015.v3i1.67. Acesso em: xxxxxxxx