Os recentes problemas urbanos, notadamente as deficiências em mobilidade urbana e a concentração espacial, apresentam-se como desafios aos pesquisadores e gestores públicos. Neste contexto, quando há o agravamento das distâncias e dos tempos de deslocamentos percorridos pelos citadinos, aponta-se para a fomentação e a manutenção de policentros, desconcentrando equipamentos, serviços e atividades. Tal medida possui potencial para redução das distâncias e dos tempos de deslocamentos, contribuindo, assim, para a melhoria da mobilidade e acessibilidade, bem como da própria qualidade de vida urbana. Essa pesquisa está estruturada para desenvolver e aplicar uma proposta metodológica de classificação de centralidades com base no fluxo de viagens. Ao se utilizar de técnicas de geoprocessamento e medidas de análise espacial, tem como objetivo propor indicadores capazes de classificar as centralidades urbanas, discriminadas em local, regional e municipal. A aplicação para Belo Horizonte - MG, demonstrou que a proposta é viável, tendo sido classificadas 38 centralidades em conformidade com o Plano Diretor, possuindo, assim, capacidade para subsidiar a gestão e elaboração de políticas públicas.