A erosão hídrica é a principal forma de degradação dos solos tropicais, gerando inúmeros prejuízos ambientais e socioeconômicos. As estimativas das taxas de perdas de solo por erosão hídrica são importantes para avaliar a degradação do solo e para proposição de medidas de manejo conservacionistas. Dentre os diversos modelos, o Método de Erosão Potencial se destaca pela facilidade de aplicação e baixo custo de implementação para estimar as taxas de perdas de solo. Dessa forma, o objetivo do trabalho foi aplicar o Método da Erosão Potencial para estimar as taxas de perdas de solo por erosão hídrica em uma sub-bacia hidrográfica do sul do Estado de Minas Gerais. A área estudada foi a sub-bacia hidrográfica do Córrego do Pântano II, no Município de Alfenas, sul de Minas Gerais, Sudeste do Brasil. O coeficiente de intensidade de erosão foi de 0,347, que indica o predominio de erosão de fraca intensidade. A perda total de solo foi de 816,48 Mg ano-1, com perda média de 1,31 Mg ha-1 ano-1. Conforme esperado, as áreas sem cobertura vegetal e com relevo íngreme apresentaram as maiores taxas de perda, com cerca de 1,0% da sub-bacia com perdas acima do limite de Tolerância de Perda de Solo. O Método de Erosão Potencial pode ser utilizado nas condições edafoclimáticas tropicais para apontar as áreas com maior ocorrência de erosão hídrica, sendo uma alternativa eficaz, simples e de baixo custo para identificar áreas prioritárias na proposição de ações para mitigação dos impactos ambientais associados ao fenômeno.