Objective: To describe socioeconomic and behavioral aspects of pregnant women with asthma and to analyze the effects of maternal asthma on certain perinatal parameters in a birth cohort. Methods: An observational crosssectional analytical study using data regarding the mothers of a birth cohort at maternity hospitals in the greater metropolitan area of Aracaju, Brazil, between the 8th of March and the 15th of July of 2005. In the pregnant women, asthma was self-reported, based on previous medical diagnosis. Epidemiological, obstetric and perinatal variables were studied. Results: Of the 4,757 mothers included in the study, 299 (6.3%) had asthma. The mothers with asthma had lower family incomes and more frequently made use of the public health care system (for prenatal care and delivery) than did those without asthma. Although only 9.4% of the mothers with asthma smoked and only 27.6% consumed alcoholic beverages, these proportions were higher than were those observed for the control group. Asthma was not found to be associated with obstetric problems or with problems involving the neonates. Nor did we find asthma to be associated with cesarean delivery, prematurity or small-for-gestational-age neonates. Conclusions: Low socioeconomic level seems to be a risk factor for asthma.Keywords: Asthma; Pregnancy; Socioeconomic factors; Infant, newborn.
ResumoObjetivo: Descrever, numa coorte de nascimentos, aspectos socioeconômicos e comportamentais de gestantes com asma e analisar as repercussões desta sobre alguns parâmetros perinatais. Métodos: Estudo observacional, transversal e analítico a partir de informações de parturientes da coorte de nascimentos ocorridos no período entre 8 de março e 15 de julho de 2005 nas maternidades da Grande Aracaju (SE). A identificação de asma nas gestantes foi obtida segundo informação destas a partir do diagnóstico emitido anteriormente por um médico. Foram analisadas variáveis epidemiológicas, obstétricas e perinatais. Resultados: Das 4.757 parturientes incluídas no estudo, 299 (6,3%) eram asmáticas. As mães asmáticas tinham menor renda familiar e mais frequentemente procuraram assistência no pré-natal e no parto em serviços públicos que as mães sem asma. Embora somente 9,4% das gestantes asmáticas fumaram, e 27,6% ingeriram bebidas alcoólicas, as proporções em relação ao grupo controle foram significativamente maiores. Não se detectou associação entre asma e problemas obstétricos ou do recém-nascido. Não foi encontrada associação entre asma e parto cesariano, prematuridade ou recém-nascido sendo pequeno para a idade gestacional. Conclusões: O nível socioeconômico inferior parece ser um fator de risco para a asma.