O cooperativismo mundial possui grande expressividade socioeconômica, são 1,2 bilhão de cooperados, 280 milhões de postos de trabalho gerados, 3 milhões de cooperativas presente em 150 países. A grande relevância do cooperativismo não tem sido suficiente para amenizar os graves problemas causados pela concentração de renda e riqueza no mundo. Na tentativa de combater as mazelas das desigualdades sociais e a exploração do trabalho, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) desenvolveu o conceito de trabalho decente, como uma estratégia para amenizar os efeitos perversos da precarização do trabalho e das desigualdades sociais. Diante deste contexto, o objetivo do artigo é analisar os empregos gerados pelas cooperativas e empresas não cooperativas, a luz do conceito do trabalho decente, em Turvo/SC, no período de 2006 a 2018. A pesquisa foi realizada em fontes bibliográficas e em coleta de dados na RAIS (Relação Anual de Informações Sociais), além de informações disponibilizadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e Atlas Brasil. Os resultados apontam que as cooperativas estão presentes nas principais atividades econômicas do município, o trabalho gerado pelas cooperativas é mais qualificado, quando comparados as empresas não cooperativas. Embora existam desafios a serem superados, tais como: as mulheres têm melhores níveis salariais quando comparados ao setor não cooperativo e ocupam quase a metade dos postos de trabalho gerados nas cooperativas pesquisadas, contudo, ainda permanecem desigualdades salariais em relação aos rendimentos dos homens.