“…Após os anos 1970, o campo ideológico e a reestruturação econômica, favoráveis a políticas liberais acarretam a (re) privatização da responsabilidade quanto questão social e, com isso, sérios agravos em termos de direitos sociais de grupos sociais e populações inteiras, seja pelas destituições materiais e empobrecimento, seja por discriminação étnica ou de gênero, por exemplo (FLEURY, 1994). Entretanto, na atualidade, ao mesmo tempo em que há fortes retrocessos em termos de civilidade, identificam-se potencialidades de uma robusta trama interativa de solidariedade politizada, ou melhor, de relações políticas solidárias, com implementação de projetos e intervenções sócioeconômicas e culturais na esfera local, regional, nacional e planetária (SCHERER-WARREN, 2006;TOURAINE, 2006;KAUCHAKJE, 2005;AVRITZER & NAVARRO, 2003). Esta última tendência possibilitaria a constituição de uma rede de direitos.…”