Este artigo apresenta o resultado de uma pesquisa desenvolvida com os Comitês Territoriais de Educação Integral da Bahia, do Triângulo Mineiro e do Rio Grande do Norte, cujo objetivo foi conhecer, a partir da Análise Cognitiva de Políticas Públicas e da Análise Crítica do Discurso, a atuação destes Comitês. Com esse intento, utilizou-se como corpus de análise os marcos regulatórios da educação brasileira, documentos oficiais, tais como regulamento e carta de princípios dos comitês pesquisados, e entrevista com a coordenação dos comitês baiano e do Triângulo Mineiro. A análise das entrevistas teve como base a abordagem tridimensional de Fairclough, inclusa em um contexto de prática discursiva e de prática social, tendo como preocupação o estudo da relação entre linguagem, sociedade e poder. Conclui-se que os comitês realizam um trabalho importante para ampliação da educação integral e do fortalecimento da democracia participativa em um contexto de hegemonia neoliberal.