2019
DOI: 10.29397/reciis.v13i3.1703
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“Não tem essas pessoas especiais na minha área”: saúde e invisibilidade das populações LGBT na perspectiva de agentes comunitários de saúde

Abstract: O objetivo do estudo aqui apresentado foi analisar os sentidos atribuídos por agentes comunitários de saúde acerca do cuidado em saúde para as populações LGBT. O método baseia-se numa abordagem de pesquisa qualitativa, por meio de entrevistas semiestruturadas com quinze agentes comunitários de saúde da Estratégia Saúde da Família de uma capital no Nordeste brasileiro. Os dados foram analisados a partir do método de interpretação de sentidos. Entre os principais resultados, destacaram-se dois grandes blocos: (i… Show more

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“…A study carried out in the capital of Northeastern Brazil with analysis of the meanings attributed by 15 community health agents (CHA) to health care for the LGBT population showed that there is stigma and prejudice in health care and that the professionals interviewed bring traditional and heteronormative concepts to their job. In addition, little knowledge of the equity policy, low implementation of its guidelines in primary care and scarce provision of training for CHA were identified 13 .…”
Section: Discussionmentioning
confidence: 99%
“…A study carried out in the capital of Northeastern Brazil with analysis of the meanings attributed by 15 community health agents (CHA) to health care for the LGBT population showed that there is stigma and prejudice in health care and that the professionals interviewed bring traditional and heteronormative concepts to their job. In addition, little knowledge of the equity policy, low implementation of its guidelines in primary care and scarce provision of training for CHA were identified 13 .…”
Section: Discussionmentioning
confidence: 99%
“…Research, Society and Development, v. 9, n. 11, e1249119612, 2020 (CC BY 4. A criação desse protocolo tem como proposta direcionar as ações dos(as) enfermeiros(as) da Atenção Básica (considerada uma das principais portas de acesso ao SUS, e que tem como atribuição promover o cuidado integral e conduzir ações de promoção à saúde) para com mulheres lésbicas e bissexuais, buscando promover a estruturação do cuidado e uma maior resolubilidade das ações destinadas a essas mulheres, focando sempre numa maior visibilidade destas dentro do sistema. (BELÉM et al, 2018); (FERREIRA et al, 2019); (FERREIRA; PEDROSA; NASCIMENTO, 2017); (GUIMARÃES et al, 2017). Papel do enfermeiro na atenção a população LGBT (FARIAS et al, 2018); (CABRAL et al, 2019); (CRISPIM et al, 2018); (GUIMARÃES et al, 2020); (NEGREIROS et al, 2019).…”
Section: Resultsunclassified
“…A saúde da população LGBT enfrenta quatro perspectivas voltadas ao desconhecimento sobre os direitos adquiridos frente à saúde desta população, sendo a primeira, o desconhecimento das demandas em saúde das populações LGBT; a segunda, o estigma e preconceito na assistência à saúde; a terceira, a premissa generalista em que todos os sujeitos, apesar das diferenças históricas, sociais, econômicas, políticas e culturais que lhe atravessam, são tratados como seres semelhantes; e a última, a compreensão ampliada às demandas de saúde das populações LGBT (Ferreira et al,2019). De acordo com Belém et al, 2018, em uma Frente a essas perspectivas anteriores, Ferreira, Pedrosa, Nascimento (2017) corroboram que o direito ao acesso ao serviço de saúde apresenta-se violado, enfrentando dificuldades perante sua operacionalização, pois não segue os padrões heteronormativos, tornando-os "diferentes", perversos, indesejáveis, reproduzindo fragilidades na efetivação do atendimento.…”
Section: Dificuldades Para a Implementação Do Pnsi Lgbtunclassified
“…A população LGBTQI+ é significativamente afetada por disparidades de saúde e cuidados de saúde semelhantes àquelas normalmente observadas quando as populações são subjugadas por raça, etnia, nível de renda e/ou educação (Mello et al, 2011). Tal subjugação é chamada de violência estrutural, que se refere aos impactos violentos do racismo, classismo e homofobia, bem como outros preconceitos sobre grupos vulneráveis e desprivilegiados (Dahlhamer et al, 2016;Winter et al, 2016;Ferreira et al, 2019;Baptista & Ferreira, 2022). Além dos riscos aumentados bem estudados do HIV (Redoschi et al, 2017) e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) (Padilla et al, 2010), a população…”
Section: Indivíduosunclassified
“…No entanto e, particularmente, as pessoas transexuais continuam a enfrentar altas taxas de discriminação nos ambientes de saúde (Muller & Knauth, 2008;Hatzenbuehler et al, 2010;Magnos et al, 2017;Ferreira et al, 2019). Em pesquisas representativas realizadas, 8% dos entrevistados LGBTQI+ relataram que em atendimento clínico, o profissional de saúde se recusou a vê-los por causa de sua orientação sexual ou identidade de gênero (Almeida, 2013), 23% dos entrevistados não procuraram os cuidados de que precisavam devido à preocupação com maus-tratos com base na identidade de gênero (Guimarães et al, 2017) e 29% dos entrevistados denunciam que atrasaram ou renunciaram a atendimento médico devido a preocupações de discriminação em ambientes de saúde (Rocon et al, 2016), ademais aqueles que haviam sofrido discriminação anteriormente eram particularmente propensos a evitar procurar atendimento (Arán et al, 2009;Barbosa & Facchini, 2009;Albuquerque et al, 2016).…”
Section: Indivíduosunclassified