A relação entre usuários e serviços de saúde é essencial para fortalecer a qualidade da assistência. A população LGBTI+ que é composta por populações que se definem pela diversidade de identidade e de expressão de gênero, orientação sexual e sexo biológico, sofre preconceito e discriminação no acesso e uso desses serviços. Este estudo teve como objetivo identificar as evidências científicas na população LGBTQI+, de maneira a dar visibilidade as adversidades relacionadas ao acesso e utilização dos serviços de saúde. Revisão de escopo realizada nas bases: CINAHL, EBSCOhost, EMBASE; Latindex; LILACS, MEDLINE, Science Direct, SciELO, SCOPUS, Web of Science, com período aberto. Foram incluídos artigos originais com texto completo disponíveis online no idioma inglês, espanhol ou português, com o objeto de estudo dados do Brasil. A busca resultou em 1.332 artigos potencialmente elegíveis e, adicionalmente, mais 4 artigos advindos de referências de artigos selecionados na pesquisa, totalizando 1336 artigos. Destes, 22 atenderam a todos os critérios de inclusão. Evidências demonstraram que a população LGBTQI+ sofre discriminação em ambientes de saúde e, via-de-regra, barreiras de acesso. O estigma, a discriminação, as normas culturais e sociais que dão preferência à heterossexualidade, cisgenerismo e endossexismo são algumas das causas que contribuem para essas desigualdades em saúde. Os resultados deste estudo evidenciam lacunas nas competências culturais em relação à saúde, a falta de conscientização e conhecimento das necessidades únicas de saúde da população LGBTQI+, juntamente com atitudes não-inclusivas, foram identificadas como possíveis fatores contribuintes entre profissionais e gestores de saúde.