Neoconservadorismo e educação brasileira

Abstract

Neste texto, buscou-se estabelecer uma reflexão sobre pensamento neoconservador e suas influencias e/ou consequências para a educação brasileira, tomando como ponto de referencia para tal incursão, a contextualização histórica do pensamento conversador moderno ao redor do mundo e sua inserção no Território Nacional. Quanto às implicações deste contexto neoconservador para o cenário educacional no país, adotou-se como marco temporal o período pós Impeachement de 2016, representado por algumas das muitas manifestações que expressam a presença de ações antidemocráticas e a aprovação de políticas educacionais baseadas em uma agenda de contrarreformas. Tais expressões podem ser identificadas no movimento denominado Escola sem Partido (ESP), na Reforma do Ensino Médio, na aprovação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e no crescimento das propostas do Projeto de militarização das escolas públicas. Pode-se concluir que o neoconservadorismo representa e se constitui como uma ameaça à escolarização pública e democrática da nação brasileira.

Práticas de interpretação e tradução na produção científica do neoconservadorismo e das políticas educacionais neoconservadoras

“…Quanto aos procedimentos metodológicos, a maioria dos artigos selecionados apresentam estudos baseados em pesquisas teóricas com o uso de material bibliográfico e documental (ALBUQUERQUE; ZANARDI, 2021;APPLE, 2015;BARZOTTO;SEFFNER, 2020;BORGES;BORGES, 2018;CALDERÓN, 2020;CAMPOS, 2020;CAMPOS;GISI, 2019;CECHETTI;COELHO;GUERRA, 2022;FÁVERO;CENTENARO;BUKOWISKY, 2021;FREITAS;CASQUEIRA, 2019;KAHN, 2019;LEMOS;REIS, 2017;LOCKMANN, 2020;LÓPEZ, 2020;MARTINS, 2019;MELO;FRANÇA, 2021;MOLE, 2019;MOLL NETO, 2020;NOGUEIRA;SANTIAGO, 2020;OLIVEIRA, 2020;PALÚ;PETRY, 2020;PICOLI, 2020;PICOLI;RADAELLI;RUIZ, 2020;SANTOS et al, 2021;SANTOS, 2020;BRITO;NUNES, 2020;TEIXEIRA, 2018;VENTURA, 2020;VERGER;BONAL;ZANCAJO, 2019;…”

“…O neoconservadorismo também é identificado pela inserção de novos atores nas políticas, mediante a ligação do poder do Estado a segmentos religiosos, principalmente oriundos das igrejas evangélicas, além de grupos empresariais e da mídia (CAMPOS; GISI, 2019;CECHETTI;HYPOLITO, 2020;NOGUEIRA;SANTIAGO, 2020;OLIVEIRA, 2020;BRITO;NUNES, 2020). Apple (2015) é um dos estudiosos alinhados às teorias gramscianas.…”