FUNDAMENTOS: A observação de lesões cutâneas é freqüente pelos indivíduos que as têm e por seus familiares. A demanda de pacientes que buscam atenção médica com queixas cutâneas é significante. OBJETIVO: Determinar a freqüência das alterações dermatológicas em usuários do Sistema Único de Saúde de Campinas, Estado de São Paulo, Brasil. MÉTODOS: Cinco unidades básicas de saúde foram selecionadas pela Secretaria de Saúde da Prefeitura Municipal para participar da pesquisa. Todos os pacientes atendidos por profissionais de saúde dessas unidades, no período de 20 dias úteis, deveriam ser avaliados quanto à presença ou ausência de sintomas/sinais dermatológicos. RESULTADOS: Dos 1.491 pacientes avaliados, 358 (24,01%) apresentavam queixas e/ou achados dermatológicos, com maior prevalência nos mais jovens. De todos os usuários atendidos pelos profissionais de saúde que participaram do estudo e que tiveram as fichas preenchidas adequadamente, 9,98% procuraram a Unidade Básica de Saúde primariamente pela queixa dermatológica. CONCLUSÃO: Esses resultados, condizentes com estudos semelhantes realizados em outros países, mostram a importância da especialidade para o desempenho do médico não dermatologista, especialmente dos pediatras, e dão elementos para a discussão curricular sobre a suficiência do tempo destinado ao ensino da especialidade no curso médico.