Introdução. A COVID-19 demonstrou alto potencial de mortalidade e inflamação multissistêmica e, ao afetar o sistema nervoso, pode acarretar déficits cognitivos em todos os estágios da doença, bem como após a recuperação. Objetivo. Verificar as alterações cognitivas em indivíduos diagnosticados com a COVID-19. Método. As buscas por artigos científicos ocorreram nas bases de dados eletrônicos MEDLINE (Pubmed), LILACS, SciELO, SCOPUS, WEB OF SCIENCE e BIREME, sem restrições de localização, no período de 2020 a 2022. Os critérios de seleção incluíram estudos sobre a relação entre COVID-19 e alterações cognitivas em adultos e idosos com idade a partir de 18 anos, e, foram excluídas cartas ao editor, diretrizes, revisões de literatura, revisões narrativas, revisões sistemáticas, metanálises, resumos, relatos e séries de casos. Resultados. Foram 11 estudos incluídos, sendo sete do tipo transversal e quatro do tipo caso-controle. Cinco pesquisas foram realizadas em pacientes hospitalizados e seis em pacientes não hospitalizados e/ou recuperados da doença. Dez apontam para associação positiva entre COVID-19 e déficits cognitivos e um não demonstrou associação. Conclusão. A COVID-19 está associada a déficits cognitivos na fase aguda ou após recuperação, independentemente do grau de severidade e do status de hospitalização. As principais funções cognitivas observadas foram alteração de atenção, memória, linguagem, funções executivas e velocidade de processamento.