“…Além disso, as PVHIV vivenciam experiências de intolerância, medo, preconceito, exclusão social, e consequentemente, estas situações trazem inúmeras incertezas para o seu futuro (Verhey, Gibson, Brakarsh, Chibanda & Seedat, 2018). Neste contexto, destaca-se ainda que os impactos psicossociais levam à reflexão e reavaliação das crenças, vínculos profissionais e afetivos, gerando repercussões na adesão ao tratamento, podendo despertar diversos sentimentos associados à ansiedade, depressão, raiva, estresse entre outros que influenciam na evolução da doença debilitando cada vez mais o sistema imunológico e aumentando a vulnerabilidade de desenvolver outras comorbidades (Calvetti, Giovelli, Gauer & Moraes, 2016;Cardoso, 2013). Entende-se que a infecção pelo HIV apresenta características de uma condição crônica com curso incerto, uma vez que implica num alto nível de estresse ligado à readequação social e psicológica, pois as PVHIV enfrentam as diversas fases do tratamento permeado por estigmas, dúvidas e medos que levam a um constante estresse relacionado com a descoberta do diagnóstico, a mudança dos hábitos de vida, o uso de terapia medicamentosa contínua e a revelação do diagnóstico para a família, amigos e/ou parceiro (Reis et al, 2017).…”