O Ensino Colaborativo Como Facilitador Da Educação Inclusiva Na Educação Infantil

Abstract

a Educação Infantil de crianças do público-alvo da Educação Especial tem sido bastante discutida atualmente, principalmente no que se refere às estratégias utilizadas como facilitadoras do processo de desenvolvimento. Nesta perspectiva, este artigo teve como objetivo descrever e analisar o processo de uma intervenção entre o professor de Educação Infantil da classe comum e o professor de Educação Especial com vistas à formação baseada no ensino colaborativo e adaptação de atividades. Para alcançar tais objetivos, realizou-se uma pesquisa colaborativa, com foco no trabalho de duas professoras (uma da sala de aula comum e outra do Atendimento Educacional Especializado) e uma criança com Síndrome de Down de seis anos de idade. O estudo foi realizado com os seguintes instrumentos: a) diário de campo da pesquisadora; b) protocolo de registro do planejamento das reuniões com as professoras e c) roteiro de observação para orientar a pesquisadora durante as visitas às aulas. Após cinco sessões de observação, foram realizadas 11 reuniões com as professoras abordando as seguintes temáticas: a) Prática pedagógica; b) Formação sobre temas escolhidos pelas professoras e c) elaboração de atividades adaptadas. Posteriormente, quatro atividades propostas para a criança com Síndrome de Down foram adaptadas em conjunto pelas professoras e, finalmente, desenvolvidas numa perspectiva colaborativa. Os resultados indicaram que o trabalho colaborativo auxiliou na participação da criança com Síndrome de Down nas atividades. Indicaram ainda que este trabalho, embora presente no plano educacional do município, precisa de regulamentação e de formação dos professores.

Práticas Colaborativas Como Proposta Na Educação Especial: Revisão Sistemática Sobre Formação Docente

“…Considerando as mudanças e movimentos políticos na trajetória da Educação Especial no Brasil, os cursos de formação para professores em Educação Especial também sofreram transformações ao longo dos anos. Oliveira e Mendes (2016) trouxeram a trajetória dos cursos de formação de professores para atuar na Educação Especial no Brasil, que teve início em 1955 até 1972, por meio do formato de especialização em nível médio para aqueles que concluíram o curso normal. Stopa (2021) aponta que a Universidade Federal de Santa Maria ofertou a habilitação específica em deficientes mentais vinculada ao curso de Pedagogia e, em 1975, após orientação do Conselho Federal de Educação, houve uma reestruturação do curso, resultando no primeiro curso de Licenciatura de Educação Especial no Brasil.…”