O ensino das atividades circenses nas escolas municipais de Campinas-SP

Abstract

ResumoA introdução das atividades circenses como conteúdo curricular da educação física escolar já não é novidade, entretanto, os estudos recentes mostram que a literatura especializada é, ainda, incipiente e em geral fundada em relatos de experiência. Nesse contexto, a presente pesquisa teve como objetivo analisar o ensino das atividades circenses nas aulas de educação física do ensino fundamental em escolas municipais da cidade de Campinas-SP.Vinte e seis professores foram consultados por meio de um questionário semiestruturado. Treze deles relataram abordar o tema em suas aulas, sendo que todos possuem nos vídeos a principal fonte de informação. A manipulação de objetos (malabares) é a modalidade circense desenvolvida de modo mais generalizado, corroborando estudos anteriores (DUPRAT; GALLARDO, 2010;BORTOLETO, 2011; ONTAÑÓN, 2016). Verificamos que a temática é recente ná prática dos professores paticipantes, todos ensinam as atividades circenses de seis meses a quinze anos, e nenhum deles possui formação circense específica, porém uma porcentagem significativa (77%) realizou oficinas ou cursos de curta duração na área.

Compartilhando práticas pedagógicas do circo na escola

“…De modo mais específico, Fouchet (2006) Em resposta a esse movimento, isto é, do reconhecimento do potencial educativo do circo (HOTIER, 2003;INVERNÓ, 2003), vemos algumas propostas governamentais incluindo o circo como conteúdo, como são os casos do currículo oficial para a educação física do estado do Paraná (2008) ONTAÑÓN, 2016;. Destacamos nessa oportunidade, estudos que relatam experiências no ensino básico, como propostas desenvolvidas pontualmente em escolas e/ou observações de aulas de outros professores ou relatos e reflexões a partir de experiências de outros professores (CARDANI, 2016;GONÇALVES, LAVOURA, 2011;ONTAÑÓN, 2012ONTAÑÓN, , 2016TAKAMORI et al 2010).…”

“…Outros estudos mostram que realizar apresentações ao longo das aulas é fundamental para a vivência e experiência dos alunos, não só para o aprendizado das atividades circenses, mas para um processo de construção coletiva (ONTAÑÓN, 2012;PINTO, 2013;CARDANI;ONTAÑÓN, 2015).…”

“…Nesse caso, o professor tem a função de estabelecer uma ligação entre seus alunos e as imagens apresentadas, colocando questões e criando uma comunicação entre eles(LENCASTRE; CHAVES, 2003).O emprego de conteúdos midiáticos é algo que está em crescimento na educação, como a utilização da internet, por exemplo, um excelente recurso pedagógico à disposição do professor, mas que deve ser usado com criticidade(MERCADO, 2002). Outros professores utilizavam vídeos e imagens para o planejamento de suas aulas de atividades circenses e como recurso pedagógico com as crianças(CARDANI, 2016). Ainda, vemos que alguns professores também utilizam vídeos para abordar algumas atividades circenses que não são possíveis de serem vivenciadas na prática(TIAEN, 2014), como o globo da morte, homem-bala, entre outras(ONTAÑÓN et al, 2016).…”