2019
DOI: 10.18817/ot.v16i28.703
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O Ensino De História Antiga No Brasil E O Debate Da BNCC

Abstract: <p><br />A primeira versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), anunciada em setembro de 2015 e publicada em 2016, objetivava padronizar o ensino no Brasil, apontando temas que deveriam corresponder a 60% da carga horária do Ensino Fundamental e Médio. Na área de História, as intepretações apresentadas geraram grande polêmica, uma vez que duas categorias importantes para o trabalho do historiador, tempo e espaço, foram insuficientemente abordadas. O texto inicial da BNCC praticamente excluiu, … Show more

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“…Tal proposta, por si só, demonstra o apego a uma visão tradicional sobre o estudo de História Antiga, baseado nas supostas continuidades entre aquele passado e o presente do discente. A abordagem de um ensino de História Antiga, partindo da noção de continuidade, tem sido contestada em reflexões recentes na área, questionando a percepção de um legado grecoromano para o Ocidente e destacando a importância do estudo das diversas sociedades antigas por seu valor de alteridade em relação à contemporaneidade (SANTOS, 2019;MOERBECK, 2021;DEGAN;SILVA, 2021).…”
Section: A Bncc E a História Antigaunclassified
“…Tal proposta, por si só, demonstra o apego a uma visão tradicional sobre o estudo de História Antiga, baseado nas supostas continuidades entre aquele passado e o presente do discente. A abordagem de um ensino de História Antiga, partindo da noção de continuidade, tem sido contestada em reflexões recentes na área, questionando a percepção de um legado grecoromano para o Ocidente e destacando a importância do estudo das diversas sociedades antigas por seu valor de alteridade em relação à contemporaneidade (SANTOS, 2019;MOERBECK, 2021;DEGAN;SILVA, 2021).…”
Section: A Bncc E a História Antigaunclassified
“…3 Sobre a formação da História Antiga no Brasil ver Funari (2010), Santos, Kolv e Nazário (2017), Santos (2019Santos ( , 2021. Sobre a formação da Egiptologia no Brasil, ver Bakos (2004), Rocha (2014Rocha ( , 2017Rocha ( , 2019.…”
Section: Egiptologia No Brasil: Problemas Desafios E Oportunidadesunclassified
“…Mas se o cenário da Egiptologia no Brasil parece bastante desolador até então, é preciso dizer que transformações significativas estão ocorrendo. A primeira delas foi o resultado de concursos públicos e da ampliação de vagas e instituições no Ensino Superior durante a década de 2010 que promoveu a descentralização do eixo Rio-São Paulo (SANTOS, 2017(SANTOS, , 2019. Essa expansão, que atingiu todas as regiões do país, criou novos centros de pesquisa dedicados ao Egito antigo e o número de alunos integrantes de programas de pós-graduação também se ampliou graças à expansão de financiamentos para a pesquisa.…”
Section: Egiptologia No Brasil: Problemas Desafios E Oportunidadesunclassified
“…Certamente, há dificuldades em se conseguir levar a crítica tão contumaz ao eurocentrismo para uma reformulação global dos currículos de graduação em História(FRANCISCO, 2017).Foram difíceis as marés que trouxeram à luz a última versão da BNCC na área de História. Trata-se do documento mais recente, sem dúvida o mais relevante para se pensar os conteúdos comuns, obrigatórios em nível nacional, para todos os anos do ensino fundamental(SANTOS, 2019;MEIRELES, 2017). Não deixa de ser compreensível, embora um tanto quanto irônico, o fato de o Estado, e isso não se refere apenas ao caso brasileiro, querer se imiscuir no direcionamento do ensino da História como disciplina escolar.…”
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“…um percurso vinculado às divisões e temporalidades europeias, o que fez da última versão uma espécie de déjà vu, com alguns avanços e inovações quanto às formas de organização e seleção de temas a serem estudados se comparados ao manifesto maniqueísmo da segunda versão(FUNARI, 2016;SANTOS, 2019).Na BNCC, o léxico atinente aos procedimentos básicos do ensino e da aprendizagem para o segundo segmento do Ensino Fundamental são conduzidos por três ou, dependendo da avaliação, quatro verbos principais, a saber: identificar; desenvolver e reconhecer/interpretar. Isso significa dizer que os alunos deveriam ser capazes de: 1) identificar os eventos históricos mais relevantes à História Ocidental; 2) desenvolver a competência de refletir sobre a produção, circulação e utilização de documentos históricos, em diferentes registros culturais e de suporte, além de; 3) reconhecer e interpretar diferentes versões de um mesmo fenômeno para que se possa desenvolver "habilidades necessárias para a elaboração de proposições próprias"(BRASIL, 2019, p. 414).Se o segundo ponto parece pacífico, pois acena à relevância em se trabalhar com fontes em sala de aula, o primeiro é um tanto quanto espinhoso.…”
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