A relação entre os novos paradigmas historiográficos e o ensino de História é tratada neste artigo, através da análise das propostas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), nos livros didáticos do sexto ano do Ensino Fundamental. Por meio de uma abordagem crítica à perspectiva eurocentrista presente em livros didáticos de grande utilização, pretende-se mostrar que a aplicação das novas habilidades da BNCC não necessariamente resultam na superação de uma perspectiva historiográfica, centrada em estereótipos acerca do mundo antigo, a exemplo do “mundo grego”. Explorando os conceitos de interconectividade e comparativismo, levanta-se novas possibilidades de abordar as propostas da BNCC por meio de alguns pressupostos da História Global.
Este artigo visa abordar a temática da imigração e a construção de identidades a partir do contingente populacional estrangeiro de Florianópolis/SC, com o recorte temporal a partir da segunda metade do século XX, especificamente àquele dito e auto-reconhecido como ‘árabe’ e outro definido como muçulmano. É primordial neste estudo estabelecer relações de aproximação e distanciamento entre esses termos e como estes se manifestam na cultura e nas relações sociais na capital catarinense. Assim, a pesquisa busca traçar mudanças no processo migratório, como condições, justificativas, proveniência e religiosidade, e, porquanto, na própria transformação da comunidade árabe estabelecida em Florianópolis, e no crescimento da comunidade muçulmana nas últimas décadas, tanto de origem árabe quanto não-árabe. Ainda, a partir da análise de processos de deslocamento, identificando sentidos de pertencimento às comunidades, será enfoque a análise das últimas décadas do século XXI, onde o elemento “refugiado” parece central para a compreensão da cidade no tempo presente. Palavras-chave: Imigração; Comunidade Árabe e Muçulmana; Florianópolis/SC.
Este artigo aborda a arte contemporânea palestina a partir de obras da artista plástica Manal Deeb. Presente em diversas mídias Ocidentais, a Palestina, inserida no "Mundo Árabe‟, é alvo de estereótipos e generalizações. Esta pesquisa analisa como Manal Deeb utiliza sua arte para veicular outros tipos de informações acerca da Palestina e, porquanto, apresenta outras histórias dos sujeitos desta região. Ao problematizar identidades, Manal se apropria dos sentidos de positividade em relação ao palestino, e a partir de sua própria trajetória, desafia as notícias midiáticas homogeneizadoras. Palavras-chave: Palestina, Artes plásticas, Identidades.
Este artigo tem por objetivo propor pontos de contato entre as experiências de violência e produção de memória no contexto da Argentina e da Palestina, a partir da análise de duas obras distintas, um livro autobiográfico escrito pela palestina Ibtisam Barakat e um livro de memórias produzido por um coletivo de filhos/as de repressores argentinos. Partindo de campos diversos, as fontes apresentam um potencial analítico em comum: a escrita contemporânea de mulheres, com formas narrativas e preocupações temáticas relacionáveis. Propõe-se reflexões entre as obras analisadas, considerando dois objetivos principais: de que forma a “pós-memória” pode ser uma categoria pertinente para pensar esses processos históricos, a partir de uma revisão bibliográfica do conceito que o testa em cenários marginais, e conjecturar sobre o lugar da autoficção feminina na produção do passado recente. Entendendo a pós-memória como um dispositivo crítico e tendo em vista a complexidade temporal que os casos argentino e palestino suscitam, o uso da categoria pode ser uma possibilidade analítica para o emaranhamento de memórias refletidas nesses textos, ainda que particularidades dos efeitos da violência de Estado se coloquem para cada caso.
Este trabalho visa refletir sobre a utilização de jogos no ensino de história a partir de uma experiência docente com estudantes do sexto ano do Ensino Fundamental. A elaboração do jogo de tabuleiro, confeccionado pelos docentes, teve como finalidade abordar questões relativas ao conteúdo de Grécia Antiga, tanto já trabalhados em sala de aula através de outras metodologias, quanto novas informações a serem refletidos a partir do jogo propriamente. Através desta experiência, discute-se neste artigo pressupostos do ensino de história que dialogam com o lúdico em sala de aula, especialmente no que diz respeito ao desenvolvimento da Consciência Histórica dos/as estudantes, visando propor um ensino-aprendizagem voltado para o uso prático e cotidiano da história, bem como o estabelecimento de conhecimentos interdisciplinares. Também, desenvolve-se uma reflexão sobre o aspecto lúdico, e como este possibilita ferramentas de socialização e aprendizagem dentro do ambiente escolar, especialmente a partir da formatação do jogo proposto.Palavras-chave: Ensino de História. Jogos. Lúdico. Grécia Antiga. Interdisciplinaridade.
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