O manejo terapêutico do câncer de mama envolve várias opções, dentre elas, a mastectomia – que consiste na retirada parcial ou total da mama, trazendo repercussões para a autoimagem das mulheres. Verificar as repercussões da mastectomia na autoimagem de mulheres paraibanas com câncer de mama submetidas à mastectomia, analisando, adicionalmente, a funcionalidade do membro superior homolateral à cirurgia e a qualidade de vida. Neste estudo transversal e quantitativo, participaram 30 mulheres atendidas pelo Hospital da Fundação Assistencial da Paraíba com idade igual ou superior a 18 anos, as quais responderam a um questionário online no Google Forms. Para avaliação da autoimagem, aplicou-se o questionário de Steglich, enquanto a funcionalidade do membro superior e a qualidade de vida foram avaliadas pelos questionários Disabilities of the arm, shoulder and hand e Quality of Life Questionnaire Breast Cancer. Informações sociodemográficas e clínicas também foram obtidas. Os dados foram analisados no software Statistical Package for the Social Sciences®. A média de idade foi de 50,93 (± 11,75) anos. Para autoimagem, a média foi de 52,6 (±10,74) pontos, prevalecendo a baixa autoimagem (83,33%). A funcionalidade pontuou 29,11 (±15,87) e a qualidade de vida, 52,16 (±24,58) e 36,63 (±10,61) para a subescala funcional e de sintomas, respectivamente. Houve correlação negativa entre autoimagem e funcionalidade (r=-0,512; p=0,004) e idade e autoimagem (r=-0,476; p=0,008). A mastectomia, seja segmentar ou radical, acarreta baixos escores para autoimagem, pois o procedimento cirúrgico altera a observação e as impressões que as mulheres têm em relação ao corpo.