Este estudo trata sobre o currículo-quilombo, a partir da concepção de Beatriz Nascimento, referindo ao currículo descentralizado e em movimento, constituído pelas produções afetivas da negritude no contexto escolar. Assim sendo, espera-se mobilizar uma luta antirracista que está sendo fomentada neste espaço através de performances negras que sensibilizam múltiplas formas de existência, buscando, deste modo, tensionar o pedestal humanista/colonial produzido pela modernidade. Para isso, pretende-se acionar o pensamento negro radical, atrelado ao debate pós-estrutural da diferença, para sensibilizar potências que subvertem a noção de humanidade imposta pelo colonialismo. Em outras palavras, o que interessa para a experimentação deste currículo é justamente essa im/possibilidade de contê-lo, tocá-lo, planejá-lo, classificá-lo. É nesse currículo que se (des)encontra a luta antirracista, afetiva e afro-diaspórica performada pela negritude no contexto escolar. Portanto, assumindo a impossibilidade de alcançar o status moderno de humanidade, apresenta pistas para a escola após o fim do mundo, a partir do debate proposto por Denise Ferreira da Silva e Wilderson III.