2012
DOI: 10.4000/e-spania.21084
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O galego-português e os seus detentores ao longo do século XIII

Abstract: O presente artigo tem por objectivo mostrar como a apropriação do galego-português por parte da aristocracia do ocidente peninsular constituiu um sério entrave à utilização desta língua por parte da monarquia portuguesa, justificando, em última análise, o carácter muito tardio do surgimento tanto de obras jurídicas ou narrativas, como de documentação escrita em galego-português da responsabilidade dos círculos régios do reino de Portugal.
Cette étude a pour objet de montrer comment l’appropriation du galleg…
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“…Esse desenvolvimento, segundo nos informa Miranda (2012), remete a senhores feudais que, entre os séculos XII e XIII, mantinham relações paralelas com os reinos de Aragão, Castela e Leão, de modo que as relações entre senhores e vassalos obedeciam a dinâmicas próprias paralelas àquelas para com a realeza. Esses "senhores de Cameros", de origem navarra, utilizavam, então, o galego-português de modo a não se comprometerem radicalmente com o poder então dominante, já que "o galego--português era a língua que exprimia as solidariedades familiares e vassálicas com os restantes grupos da nobreza senhorial implantados a ocidente" 2 (Miranda, 2012, p. 9).…”
Section: As Cantigas De Santa María -A Cristandade Como áGuaunclassified
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“…Esse desenvolvimento, segundo nos informa Miranda (2012), remete a senhores feudais que, entre os séculos XII e XIII, mantinham relações paralelas com os reinos de Aragão, Castela e Leão, de modo que as relações entre senhores e vassalos obedeciam a dinâmicas próprias paralelas àquelas para com a realeza. Esses "senhores de Cameros", de origem navarra, utilizavam, então, o galego-português de modo a não se comprometerem radicalmente com o poder então dominante, já que "o galego--português era a língua que exprimia as solidariedades familiares e vassálicas com os restantes grupos da nobreza senhorial implantados a ocidente" 2 (Miranda, 2012, p. 9).…”
Section: As Cantigas De Santa María -A Cristandade Como áGuaunclassified
“…Esses "senhores de Cameros", de origem navarra, utilizavam, então, o galego-português de modo a não se comprometerem radicalmente com o poder então dominante, já que "o galego--português era a língua que exprimia as solidariedades familiares e vassálicas com os restantes grupos da nobreza senhorial implantados a ocidente" 2 (Miranda, 2012, p. 9). No século XIII, diante da necessidade de consolidar o domínio castelhano (some--se a isso a crise social vivida em Portugal), Afonso X de Castela agrega ao seu círculo os trovadores galego-portugueses como forma de estreitar laços com o oeste da Península Ibérica, sendo que, ao próprio monarca, aquele vernáculo era bem conhecido desde tenra idade enquanto instrumento político (Miranda, 2012).…”
Section: As Cantigas De Santa María -A Cristandade Como áGuaunclassified
“…Como pode-se observar nas cartas de forais e em outros documentos régios do tempo de seu pai D. Afonso III, a língua vulgar não se fazia presente nos hábitos administrativos do reino português até os primeiros anos da década de 1280, período em que Portugal estava sob o governo de D. Dinis. Mas, mesmo nos primeiros anos de sua administração, percebe-se que a documentação régia continuou a ser redigida em latim, tendência que se inverteu, sobretudo, a partir de 1284, ano em que o avô de D. Dinis, D. Afonso X, o sábio de Castela faleceu (Miranda, 2012).…”
Section: Introductionunclassified