O Papel da Memória ou a Memória do Papel de Pêcheux para os Estudos Lingüístico-Discursivos (Le Rôle de la Mémoire ou la Mémoire du Rôle de Pêcheux pour les Études Linguistique-Discursives).

Abstract

Este artigo é resultado da apresentação no I Seminário de Estudos em Análise de Discurso, realizado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em 2003, tendo como ponto de análise o papel da memória segundo Michel Pêcheux.PALAVRAS-CHAVE: Memória. Formação discursiva. Discurso. História. Lingüística.RÉSUMÉCet article est résultat d’un travail présenté au I Séminaire d’Etudes en Analyse de Discours réalisé em 2003 à l’UFRGS ayant comme sujet le role de la mémoire à partir de Michel Pêcheux. MOTS-CLÉS: Mémoire. Formation discursive. Discours. Histoire. Linguistique.

Violência verbal no Parlamento brasileiro: análise discursiva de um insulto e seus efeitos políticos e jurídicos / Verbal violence at Brazilian’s Parlament: discourse analysis of an insult and its politics and legal effects

“…possíveis pontos de deriva, no ponto de encontro de uma atualidade e de uma memória, que os sentidos podem ser estruturados e reestruturados. É nesse espaço que a Análise de Discurso trabalha e é nesse espaço que o analista deve trabalhar (ORLANDI, 2005;PÊCHEUX, 2006); SCHERER; TASCHETTO, 2005).…”

Funcionamento Discursivo Do Partido Dos Trabalhadores: Efeito De Vilão E De Herói Na Revista Veja

“…Estudar as relações que se estabelecem entre o político e o midiático auxilia na compreensão não apenas de temas pertinentes aos estudos da política e da mídia, mas, também, do fenômeno da corrupção, um fenômeno complexo e multifacetado que tem sido tema de pesquisa de muitos estudiosos em diversas áreas do conhecimento. Nesse contexto, o Grupo de Pesquisa em Análise de Discurso (GPADis), vinculado ao Programa de Pós-graduação em Linguística e ao Programa Pós-graduação em Memória: Linguagem e Sociedade da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, tem desenvolvido, no Laboratório de Pesquisa em Análise de Discurso (LAPADis), pesquisas que tentam responder questões que tratam da discursivização de sujeitos e instituições que atuam nas esferas política e jurídica e em casos de corrupção que emergem nas mesmas esferas, tendo como fio condutor o fenômeno da corrupção, como mostram os resultados apresentados por Fonseca-Silva (2009), Viggiato (2012), Barbosa (2014), Santos (2016), Brito (2016), Luz (2018), e Conceição (2018) 2 , os quais serão apresentados resumidamente.…”

“…Os resultados apresentados por Luz (2018) mostram que, das 511 justificativas de votos na Sessão de Votação pela Admissibilidade do Impeachment de Dilma Rousseff, somente em 12% foi identificado o efeito-sentido jurídico de crime de responsabilidade, efeito que motivou o pedido de abertura do processo do impeachment; nos outros 88% das justificativas, esse efeito deslizou-se discursivamente. Nessa deriva, corrupção, Deus, família e povo se tornam motivos para que a admissibilidade fosse aceita.…”

“…Dito isso, retomaremos a discussão dos trabalhos desenvolvidos no âmbito do GPADis, trazendo pontos que são caros a este trabalho. Especialmente, o de Luz (2018), sobre o processo de admissibilidade do impeachment, ainda na Câmara dos Deputados; o de Costa (2018), sobre a Sessão Extraordinária de julgamento do impeachment de Dilma Rousseff; e o de Conceição (2018), sobre como o impeachment foi discursivizado na e pela mídia e trabalhos do grupo que analisaram outras materialidades e que tomaram Dilma Rousseff (BARBOSA, 2014) e o PT (BRITO, 2016) como objeto de estudo.…”

“…Seguindo a mesma perspectiva, trata do impeachment de Dilma Rousseff como acontecimento, analisa os confrontos discursivos presentes nas mídias que discursivizavam sobre Dilma Rousseff e, posteriormente, sobre o impeachment, no período dos mandatos de Dilma (2011 a 2016) e depois da sentença, com base nos trabalhos de Abreu (2017) e Conceição (2018) e Luz (2018). Costa afirma que O julgamento do Impeachment de Dilma produz novos sentidos, constitui-se como um acontecimento discursivo que retoma e atualiza sentidos, mas também produz novos, desestabilizando a memória do próprio acontecimento.…”