2017
DOI: 10.20396/cel.v59i1.8648347
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

O papel dos frames na organização do tópico discursivo e na coesividade comunicacional na interação entre afásicos e não afásicos

Abstract: RESUMO:Postulamos em nosso estudo que modelos cognitivos de tamanho e escopo diferentes, como contextos mentais e frames, base do envolvimento e do enquadramento das interpretações levadas a cabo pelos indivíduos em interação, funcionariam como face sociocognitiva da referência. Em outros termos, enquadres sociocognitivos são tão importantes quanto as expressões referenciais para a manutenção, a continuidade e a gestão do tópico, bem como para a coerência discursiva e a coesividade comunicacional. as perguntas… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
2
1
1

Citation Types

0
0
0
7

Year Published

2017
2017
2023
2023

Publication Types

Select...
5

Relationship

0
5

Authors

Journals

citations
Cited by 5 publications
(7 citation statements)
references
References 9 publications
0
0
0
7
Order By: Relevance
“…Realizamos essa discussão, no campo teórico e empírico do texto, a partir da abordagem sociocognitiva e interacional da Linguística Textual (KOCH, 2002;2004;MARCUSCHI, 2007;REZENDE, 2008;MORATO, 2017). Nesta perspectiva, os textos são considerados eventos comunicativos para os quais convergem ações linguísticas, cognitivas e sociais (BEAUGRANDE, 1997).…”
Section: Parintins Rafahelunclassified
“…Realizamos essa discussão, no campo teórico e empírico do texto, a partir da abordagem sociocognitiva e interacional da Linguística Textual (KOCH, 2002;2004;MARCUSCHI, 2007;REZENDE, 2008;MORATO, 2017). Nesta perspectiva, os textos são considerados eventos comunicativos para os quais convergem ações linguísticas, cognitivas e sociais (BEAUGRANDE, 1997).…”
Section: Parintins Rafahelunclassified
“…Mais especificamente, estudos na interface com a Semântica de Frames -seja para analisar interações face a face (MORATO et al, 2012(MORATO et al, , 2017, descrever estratégias discursivas em textos do domínio político (FREITAS, 2018;MORASSO, 2012), analisar experiências de sala de aula (LIMA, 2009;LOURES, 2016), ou criar dicionários baseados em frames em uma interface com a lexicografia eletrônica (CHISHMAN et al 2014(CHISHMAN et al , 2015(CHISHMAN et al , 2018 SANTOS; CHISHMAN, 2017) -têm retomado o convite à realidade de Fillmore presente em seus textos seminais, processo a partir do qual as propostas metodológicas de descrição de frames têm sido adaptadas e complementadas conforme a necessidade de cada pesquisa. No entanto, não há estudos na literatura sobre o tema que discutam e cotejem tais metodologias, analisando seus avanços, continuidades e descontinuidades, bem como discutindo o lugar da proposta da FrameNet -projeto de aplicação da Semântica de Frames iniciado pelo criador da teoria -em tal cenário.…”
Section: Introductionunclassified
“…O clássico exemplo de Lakoff é emblemático para caracterizarmos o frame como estrutura de expectativa (TANNEN; WALLAT, 1993) e de conhecimento (MINSKY, 1981), que se constitui a partir de nossas experiências socioculturais e interacionais (MORATO, 2010). Por meio dessas estruturas sociocognitivas, que são constantemente manipuladas e partilhadas, compreendemos o mundo e sobre ele agimos (MORATO et al, 2017). Na Linguística, Charles Fillmore (1976aFillmore ( , 1982, inspirado nos trabalhos de Minsky (1981) e Goffman (1984), apropriou-se de tal construto para postular a teoria da Semântica de Frames -uma abordagem por meio da qual se compreende o 1 Observamos que essas investigações foram coletadas por meio de buscas nas bases de dados EbscoHost, Portal de Periódicos da Capes, SciELO, Banco de Teses e Dissertações (BDTD), Catálogo de Teses e Dissertações da Capes e Google Acadêmico.…”
Section: Introductionunclassified
“…Nesta perspectiva, estaatividade élargamenteconduzida por processos implícitos de significação, influenciados tanto por regras pragmáticas admitidas e/ou negociadas em uma interação (oral ou 6 Apontamos aqui que este diálogo pode ser melhor realizado se admitirmos que a Linguística Textual pode ajudar a colocar em cheque a rigidez hierárquica entre língua e cognição operacionalizada pela Linguística Cognitiva, em especial quando reduz complexas dinâmicas sociais a instanciações de processos cognitivos individuais (MARTINS, 2015), primários e universais (LEEZENBERG, 2015(LEEZENBERG, [2013). escrita), quanto pela atuação de esquemas cognitivos estruturados, como scripts, frames (em suas variadas acepções: GOFFMAN, 1974, MINSKY 1975, FILLMORE, 1982, TANNEN 1993, MORATO et al,2017, metáforas conceptuais, entre outros. A propósito dessa dinâmica,do ponto de vista do fluxo textual, Morato et al (2017, p. 94) No primeiro enunciado, prosperidade é uma categoria ativada, de maneira implícita, em anteposição às categorias de "miséria", como "abundância" (I) e "fartura" (II), sendo este enunciado recategorizado em meio a uma paráfrase realizada pelo emprego de um discurso direto, com efeito de especificação do escopo de sentido: a fartura é a possibilidade de escolha virtualmente infinita, como podemos notar em 14 O sistema de detecção dos dados, cumpre salientar, segue o sistema de notação abaixo: i) Negrito: Referente ativado e categorizado,ii) Itálico: elementos fóricos.…”
Section: Introdução: O Problema Da Referência Na Agenda Dos Estudos Sociocognitivos Do Textounclassified