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Resumo:No Brasil a expansão da escola básica é recente. Ocorre a partir de meados do século XX, intensificando-se nas últimas três décadas. As políticas educacionais "neoliberais", implementadas nos anos de 1990, tiveram a pretensão de realizar ideais históricos dos professores; dentre eles, o de "escola de qualidade para todos", por meio do conceito de "escola inclusiva". Considerando o período de 60 anos de ampliação no atendimento no ensino fundamental, realizamos uma pesquisa sócio-histórica, analisando criticamente as conseqüências da progressão continuada, programa implementado no âmbito da reforma "neoliberal" do Estado brasileiro. Constatamos a formação do professor desistente em exercício processo mediado pela cultura da escola e pela implementação do regime de progressão continuada, sem que houvesse mudança nas precárias condições de trabalho. Inicialmente, apresentamos a cultura da Escola pesquisada, o primeiro ginásio fundado na cidade de São Paulo, por meio de uma das práticas escolares observadas -o Plano Escolar -, que sintetiza diferentes temporalidades relacionadas à constituição histórica do atual ciclo II e do professor que atua nesse nível de ensino. O estudo apoiado também em depoimentos de dezesseis professores, explicitou as conseqüências para o trabalho e a profissão docente. Palavras-chave: políticas educacionais, trabalho docente, profissão docente, progressão continuada, cultura escolar.