Este estudo objetivou compreender como discentes cotistas de uma universidade federal do sul do Brasil percebem a influência das características/configurações institucionais em seu processo de integração e permanência universitária. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 10 discentes de três áreas (humanas, saúde, tecnologia). Os dados passaram por análise de conteúdo. Identificou-se a existência de apoios – empréstimo de materiais didáticos, bolsas estudantis voltadas ao auxílio financeiro, isenção no restaurante universitário, serviços de apoio pedagógico e psicológico especializados, diversidade de atividades extracurriculares, etc. Também se verificou a existência de obstáculos – horários restritos de funcionamento em alguns setores/serviços voltados ao apoio estudantil, elitização de processos seletivos para atividades extracurriculares, desconhecimento ou divulgação ineficaz sobre a existência de serviços de apoio pedagógico institucional, falta de oferta de café da manhã no restaurante universitário, etc. Discute-se a necessidade de desconstrução de um processo de “inclusão excludente” por meio de políticas públicas e institucionais que visem um processo formativo com a qualidade adequada a todos os discentes.