O (re)contar da história em ‘Viva o povo brasileiro’

Abstract

A análise da obra Viva o povo brasileiro, de João Ubaldo Ribeiro, engloba questões como a repercussão das teorias pós-coloniais na América Latina e discute conceitos como nação e identidade, (re)contando histórias do negro no Brasil a partir de sua visão de mundo, onde se transforma de objeto enunciativo a sujeito da enunciação. Com o advento do pensamento pós-colonial, os estudos literários passam por diversas mudanças no que se refere à questão do (re)contar uma história ‘oficial’ que sempre se julgou ‘verdadeira’ através da imagem produzida pela tradição eurocêntrica: as vozes que foram silenciadas passam a ser ouvidas, e a História (com H maiúsculo), que sempre foi contada por aqueles que detinham o poder, é questionada e criticada a respeito de seu uso privativo em função de interesses de grupos. A perspectiva de uma nova história é responsável pelo restabelecimento da identidade das culturas esquecidas, bem como pela crítica, redefinição e consolidação da corrente principal da História.

Reformas educacionais no período Lula (2003-2010)

“…b) A análise documental que, neste caso, concentrou-se em duas linhas. Na primeira, foi analisada a legislação, planos, pareceres, relatórios e instrumentos de regulação e controle, referentes à educação profissional que foram produzidos durante o governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003Silva ( a 2006Silva ( e 2007Silva ( a 2010. Na segunda linha de análise, foram analisados documentos internos das instituições, com prioridade aos planos de Desenvolvimento Institucional (PDI), nos quais se inserem os Planos Políticos Pedagógicos (PPPs) e Projetos de Cursos produzidos pelas Escolas, durante o período de 2003 a 2010. c) As entrevistas do tipo semiestruturadas, conduzidas de maneira focalizada, nas quais, mesmo sem obedecerem a uma estrutura formal preestabelecida, foram utilizados roteiros contendo um pequeno número de perguntas abertas que contemplaram os principais tópicos relativos ao assunto da pesquisa (THIOLLENT, 1980).…”

Grupos empresariais e educação básica

“…O partido tinha o apoio eleitoral de movimentos sociais e sindicais, mas precisava buscar alianças junto a instituições financeiras internacionais e a burguesia brasileira para chegar à presidência (BERRINGER, 2014). Por isso lançou, em junho de 2002, a "Carta ao Povo Brasileiro" em que defendia o respeito aos contratos e compromissos internacionais e uma transição moderada para um modelo que associaria crescimento com estabilidade econômica e responsabilidade fiscal 26 (LULA DA SILVA, 2002).…”