O objetivo deste estudo tem por base revelar os impactos da pandemia da COVID-19 na gestação. O artigo adotou o modelo de revisão sistemática, utilizando as bases de dados SciELO, PubMed e Google Acadêmico, por meio dos descritores “Coronavírus” e “Gravidez”. Foram selecionados vinte artigos completos, publicados a partir de 2020 até o presente momento. Percebeu-se que a gravidez é um estado imunológico único, no qual ocorrem modificações fisiológicas e mecânicas na interface materno-fetal, o que faz com que as gestantes sejam mais suscetíveis à infecções virais. Assim, com a pandemia da COVID-19, embora os estudos não demonstrem que mulheres grávidas apresentem maior deterioração do quadro clínico quando comparadas à população geral, observou-se modificações que podem implicar em complicações gestacionais, como pré-eclâmpsia, prematuridade, ruptura precoce de membrana e morte perinatal. Dessa forma, é importante a atenção à esse grupo, com enfoque aos sinais de alarme para casos de acometimento moderado a grave, com fornecimento de suporte clínico, através da internação em isolamento, de nutrição adequada, de fornecimento de oxigênio suplementar (se necessário), da observação da ingestão de líquidos e de eletrólitos, bem como a monitorização de sinais vitais de mãe e feto. Ademais, a realização do pré-natal, intraparto e pós-parto não deve ser exclusa, mas ajustada. Em situações de suspeita ou infecção confirmada, recomenda-se que agendamentos de consultas e procedimentos sejam postergados em no mínimo 7 dias, até 14 dias; e a telemedicina é uma opção para priorizar a saúde das gestantes e o isolamento social.