Este livro tem o objetivo de trazer temas pertinentes da filosofia, do direito e das ciências sociais para o centro do debate contemporâneo. Autores como Aristóteles, Maquiavel, Kant, Heidegger, Eco, Habermas, Machado de Assis, Smith, Keynes, Dworkin e Weber estão presentes neste livro com análises originais. Temas como o neoliberalismo, estado, democracia, moral, justiça social, precarização do trabalho e sociologia econômica, juntamente com os pensadores citados, são mobilizados nesta obra para, na eterna busca de compreender o nosso presente que se apresenta a cada dia mais complexo.A obra tem como texto de abertura uma análise importante sobre "Aristóteles e a justiça (re) distributiva", escrito por Indalécio Robson Rocha. No texto, o autor destaca uma questão central para os dias atuais, ao problematizar o que é justiça, no caso em específico o autor resgata um dos pensadores mais importantes da antiguidade clássica, Aristóteles. Rocha vai além e aponta que a República atua com base no direito e, por isso, tem a função de gerar materialmente condições para a dignidade da pessoa humana, preservando os seus direitos.Outro texto que é latente ao atual contexto social e mais especificamente ao campo político é "A concepção de estado e poder político em Maquiavel" de Rodrigo Schlosser. Neste capítulo, o autor cruza dois temas relevantes, a questão do Estado e da Democracia. Ao mobilizar Maquiavel, Schlosser aponta a tradição do realismo político e seus métodos para entender como é a estrutura do poder. Em outra parte do texto, o autor descreve as estruturas de nossa democracia, tecendo uma linha histórica que permite refletir sobre a importância da democracia, suas perspectivas e fragilidades. Para o leitor que tem interesse sobre os temas Estado e Liberdade, o trabalho de Leonardo Quintino, "O problema normativo da desigualdade nas obras de Kant e Habermas" proporciona uma excelente reflexão, ao relacionar dois nomes relevantes da filosofia, a saber, Immanuel Kant e Jürgen Habermas. O texto de Quintino enquadra-se nas leituras que quando acaba, queremos saber mais sobre o assunto. O foco do autor está em entender como em Kant e em Habermas é trabalhado "o estatuto das liberdades iguais" e suas implicações para o sujeito, nas suas disposições de ação. Um