O uso de metodologias ativas no ensino para estudantes de engenharia em uma universidade pública, em tempos de atividades remotas

Abstract

O objetivo deste artigo é avaliar o uso do modelo de ensino baseado em metodologia ativa e incentivar os alunos para que aprendam de forma autônoma e participativa, a partir de problemas e situações reais. A metodologia utilizada foi à análise comparativa entre o ensino de aulas laboratoriais com o método tradicional em uma turma de 19 discentes no ano de 2019, e outra turma de 19 discentes no ano de 2020 mediante a pandemia da COVID-19 com aplicação de metodologias ativas de ensino. Foi introduzida a busca autônoma por conhecimento, através de pesquisas científicas, buscando-se o desenvolvimento de roteiros de aulas práticas da disciplina de Métodos de Processos de Controle de Riscos em um curso de Engenharia de Saúde e Segurança em uma universidade em Minas Gerais, Brasil. Em razão da pandemia COVID-19, ambientes de educação têm crescido consideravelmente, devido à suspensão de aulas presenciais nas instituições de ensino em todo o país. Desde então, a busca pelo uso de plataformas digitais como Google Meet e outras ferramentas virtuais, aumentou bastante. Conclui-se que a metodologia ativa utilizada para as aulas práticas contribuiu consideravelmente para o aprendizado dos alunos envolvidos, principalmente na motivação dos mesmos. Onde se obteve um aumento da média das notas de 7,8 pontos no ano de 2019 antes da pandemia com o uso da metodologia tradicional, para uma média de 9,3 em 2020 durante a pandemia com o uso da metodologia ativa.

Impactos Da Pandemia De Covid-19 Para O Ensino De Engenharias

“…A incorporação das TICs na esfera educacional, por conseguinte, é resultante desse processo de inserção de novas tecnologias no nosso cotidiano e no processo produtivo. Para Ferreira et al (2020), cada vez mais as profissões pressupõem o domínio de competências relacionadas à utilização ou elaboração de novas tecnologias. As referidas autoras mencionam que a inserção de tecnologias no processo de aprendizagem e nas estruturas curriculares decorre das novas demandas sociais (FERREIRA et al, 2020).…”

“…Para Ferreira et al (2020), cada vez mais as profissões pressupõem o domínio de competências relacionadas à utilização ou elaboração de novas tecnologias. As referidas autoras mencionam que a inserção de tecnologias no processo de aprendizagem e nas estruturas curriculares decorre das novas demandas sociais (FERREIRA et al, 2020).…”

“…Além disso, a utilização de mapas conceituais e metodologias ativas contribuiu para a ampliação do esforço e do trabalho pessoal dos alunos e, consequentemente, na melhoria da aprendizagem (ECKHARDT et al, 2021). Gonçalves et al (2020) avaliaram a utilização de um modelo de ensino baseada em metodologias ativas para discentes de Engenharia de Saúde e Segurança. A utilização do referido modelo ocorre no ano de 2019, no formato presencial, e no ano de 2020, no formato de ensino remoto.…”

“…O processo de ensino e de aprendizagem historicamente é relacionado a existência de um espaço físico, por exemplo, é comum associarmos esses dois termos à sala de aula, à escola ou à universidade, ou seja, a lugares físicos. No entanto, a pandemia de COVID-19 ocasionou a reestruturação do processo de ensino e das práticas pedagógicas, mediante a inserção de tecnologias remotas em todos os níveis de ensino (COUTO et al, 2020;FERREIRA et al, 2020;SANTOS JUNIOR;MONTEIRO, 2020).…”

“…As normativas do MEC e o parecer do CNE instituem a excepcionalidade do ensino remoto, ou seja, não há uma previsão legal de alterações definitivas no processo de ensino e de aprendizagem a longo prazo. Entretanto, a implementação do modelo de ensino remoto ocasionou a adoção de novos métodos e práticas pedagógicas, assim como a adequação das estratégias de ensino e de aprendizagem à mediação por meio de recursos ou tecnologias digitais (COSTA, 2020;COSTA et al, 2020;BEHAR, 2020;FERREIRA et al, 2020;MISHRA et al, 2020). Em adicional, ressalta-se que a possibilidade de retorno das atividades presenciais pressupõe a implementação de um modelo de ensino flexível híbrido, no qual uma parcela dos componentes curriculares ainda será disponibilizada de forma remota (BRASIL, 2020).…”