A obesidade é uma doença crônica relacionada à incapacidade funcional, qualidade e expectativa de vida reduzida. Dentre as alterações provocadas por esta doença, estão aquelas relacionadas à mecânica respiratória. O presente estudo objetivou verificar a influência de um programa de treinamento fisioterapêutico sobre a força muscular respiratória em candidatos a cirurgia bariátrica, e correlacionar as variáveis antropométricas e índice de massa corporal (IMC) com os valores obtidos no pré-treinamento. Foram avaliados dados secundários obtidos nos prontuários de um Centro Terapêutico da Obesidade. A amostra foi composta por 107 indivíduos, com média de idade de 37,2 ± 12,03 anos, peso de 119,75 ± 25,63 kg e IMC 42,90 ± 7,93 kg/m2. Houve melhora significativa (p < 0,0001) na Pressão Inspiratória Máxima (PImáx) e na Pressão Expiratória Máxima (PEmáx) após o treinamento. A PImáx apresentou correlação estatisticamente significativa fraca com o IMC (p = 0,002), circunferência do quadril (p = 0,0067), circunferência abdominal (p = 0,02) e circunferência da cintura (p = 0,001). Quando correlacionada a PEmáx com os valores de circunferências do quadril (p = 0,04), abdominal (p = 0,017) e cintura (p = 0,017), há uma correlação negativa significativa. A obesidade interfere na força muscular respiratória e um programa de treinamento da musculatura inspiratória e expiratória pode aumentar a força muscular e ser utilizada como recurso para prevenção de complicações pós-operatórias de cirurgia bariátrica.Palavras-chave: obesidade, fisioterapia, mecânica respiratória.