Óbitos e casos confirmados de COVID-19 na Bahia: descrição do perfil clínico e epidemiológico

Abstract

Objetivo: Descrever o perfil de casos confirmados e óbitos por COVID-19 notificados no estado da Bahia, no intervalo de um ano. Métodos: Trata-se de um estudo observacional descritivo, desenvolvido a partir de dados sobre COVID-19 disponíveis no site da Secretaria Estadual de Saúde da Bahia, do período de março de 2020 a março de 2021. Resultados: Foram confirmados 735.611 casos de COVID-19. O valor acumulado até a data do estudo foi de 13.062 óbitos. Os coeficientes de incidência e mortalidade foram de 4.926 casos para cada 100.000 habitantes e de 87 óbitos para cada 100.000 habitantes. A média de idade dos casos confirmados foi de 40 anos, e, para óbitos, 69 anos. Conclusão: O perfil de casos confirmados é de mulheres adultas, sem comorbidades e que não são profissionais da saúde. O perfil dos óbitos foi de homens, idosos, com comorbidades e com registro do óbito em instituições públicas. O estudo pode oferecer subsídios para o planejamento e execução de políticas públicas de saúde nas diferentes esferas, a fim de contribuir na qualificação dos atores para o enfrentamento da pandemia no Sistema Único de Saúde.

Avaliação da correlação entre cobertura vacinal e mortalidade por covid-19 em Santa Catarina

“…No presente estudo, a maioria dos casos esteve atrelado ao sexo feminino, correspondendo a 52,2% dos infectados. Estudos realizados em Goiás (9) e na Bahia (10) evidenciaram resultados semelhantes, mostrando que as mulheres são as mais infectadas em diversos estados do País, variando de 51% a 55% dos casos. Tal fato pode estar atrelado à menor procura dos homens à assistência médica quando comparado às mulheres e, consequentemente, à menor realização de testes de triagem e de diagnósticos de covid-19 entre eles (11), .…”

“…Em relação aos 20.194 óbitos de covid-19 no estado de Santa Catarina no período analisado, 57,8% eram do sexo masculino, dado similar a estudos de diferentes estados do País, em que a proporção de infectados no sexo masculino variou de 56% a 60% (10,20) . Embora o sexo feminino apresente uma maior incidência de casos como citado anteriormente, as mulheres, de um modo geral, cuidam mais de sua saúde quando comparado aos homens, apresentando uma menor prevalência de doenças crônicas não transmissíveis, o que é considerado um fator protetor para gravidade da covid-19, além de terem o costume de procurar a assistência médica na presença dos primeiros sintomas e não quando a doença já se agravou.…”

“…Quanto à idade, 68,5% dos óbitos estão associados à população acima de 60 anos, semelhante a dados a nível Brasil, que sugerem que 69,4% dos óbitos ocorreram nessa faixa etária (10) . Estudos apontam que os idosos apresentam uma resposta imunológica deficitária de linfócitos T e B, além de a maior prevalência de doenças crônicas não transmissíveis estar atrelada a essa população, o que torna esse grupo de indivíduos mais vulneráveis à covid-19 e aumenta as chances de complicações associadas (24) .…”

Perfil Epidemiológico De Idosos Acometidos Pela Covid–19

“…Estudos apresentaram resultados semelhantes sendo, as doenças cardíacas crônicas as principais comorbidades encontradas em pessoas positivadas com COVID-19, na sequência aparecem a diabetes e logo depois as doenças respiratórias crônicas (17) . Em outra pesquisa realizada na Bahia, também mostrou que entre as comorbidades com o maior percentual, as doenças cardíacas crônicas, seguida de diabetes, foram as que tiveram o maior percentual nos casos confirmados da COVID-19 (19).…”

Avaliação do perfil clínico e sarcopenia sobre o desfecho final de idosos hospitalizados com COVID-19

“…Considerando que o Brasil é um país que apresenta dimensões continentais, bem como muitas desigualdades nos diversos âmbitos, refletindo assim na população, com maiores taxas de contaminação e mortalidade. Identificar as particularidades dos indivíduos hospitalizados por COVID-19 fomenta contribuições aos profissionais para formação de estratégias, voltadas principalmente para a população que apresenta maiores riscos, bem como em relação às problemáticas associadas (Pontes et al, 2021;Da Rocha et al, 2021).…”