Objetivo: Descrever o perfil de casos confirmados e óbitos por COVID-19 notificados no estado da Bahia, no intervalo de um ano. Métodos: Trata-se de um estudo observacional descritivo, desenvolvido a partir de dados sobre COVID-19 disponíveis no site da Secretaria Estadual de Saúde da Bahia, do período de março de 2020 a março de 2021. Resultados: Foram confirmados 735.611 casos de COVID-19. O valor acumulado até a data do estudo foi de 13.062 óbitos. Os coeficientes de incidência e mortalidade foram de 4.926 casos para cada 100.000 habitantes e de 87 óbitos para cada 100.000 habitantes. A média de idade dos casos confirmados foi de 40 anos, e, para óbitos, 69 anos. Conclusão: O perfil de casos confirmados é de mulheres adultas, sem comorbidades e que não são profissionais da saúde. O perfil dos óbitos foi de homens, idosos, com comorbidades e com registro do óbito em instituições públicas. O estudo pode oferecer subsídios para o planejamento e execução de políticas públicas de saúde nas diferentes esferas, a fim de contribuir na qualificação dos atores para o enfrentamento da pandemia no Sistema Único de Saúde.
OBJETIVO Estimar a probabilidade de sobrevivência e os fatores prognósticos das neoplasias relacionados ao tabagismo em uma coorte de base populacional. MÉTODOS Trata-se de uma coorte com dados do Registro de Câncer de Base Populacional de Florianópolis, região Sul do Brasil, de 2008 a 2012. Utilizou-se o software Stata 16.0 para estimar as probabilidades de sobrevivência em cinco anos após o diagnóstico, pelo método de Kaplan Meier, e os riscos de óbito, pela regressão de Cox. RESULTADOS Foram incluídos 2.829 registros de câncer relacionados ao tabagismo, mais prevalentes entre pessoas do sexo masculino, com mais de 70 anos, nove anos ou mais de escolaridade, cor branca, com companheiro e diagnóstico metastático. Os agrupamentos mais frequentes foram cólon e reto (28,7%), traqueia, brônquios e pulmões (18,6%) e estômago (11,8%). No acompanhamento, 1.450 foram a óbito. O câncer de pâncreas foi o que apresentou pior probabilidade de sobrevivência (14,3%), seguido pelo câncer de fígado (19,4%). CONCLUSÃO Os fatores de risco para o óbito e as taxas de sobrevivência diferem entre os 13 tipos de câncer relacionados ao tabaco. O diagnóstico precoce e a prevenção primária são estratégias que devem ser aprimoradas para melhorar a sobrevivência e diminuir a carga relacionada a esses tipos de câncer.
Objetivo: analisar o perfil dos tabagistas em tratamento e os fatores associados ao abandono do tratamento e cessação do tabagismo em um programa municipal. Método: estudo transversal realizado em Araranguá, Santa Catarina com 109 pessoas do Programa Controle do Tabagismo, entre março e dezembro de 2018. Foram coletadas informações sociodemográficas e de saúde, incluindo sintomas depressivos, impulsividade e capacidade de enfrentamento. Realizou-se análises descritivas e inferenciais. Resultados: 40,4% dos participantes abandonaram o tratamento, grupo que obteve maior média para impulsividade. Os principais motivos relatados para o abandono do tratamento foram: “estar bem sem fumar”, situações relacionadas ao trabalho e sintomas de abstinência. Observou-se que 7,64% cessaram o tabagismo e 93,8% apresentavam dependência leve à nicotina. Conclusão: apesar do abandono ser alto, alguns permaneceram em cessação. Os com 49 anos ou menos foram tiveram abandono significativamente maior e a dependência à nicotina apresenta-se como dificultador significativo da cessação.
Este artigo resulta das vivências e da produção do coletivo de Ativadores de Rede constituído a partir do projeto “Engrenagens de Educação Permanente” do Ministério da Saúde. Tem como objetivo colaborar com a qualificação de trabalhadores que atuam na RAPS, e, consequentemente, com a melhoria dos serviços. Possui implicação ético-pedagógica com a política de fortalecimento da Atenção Psicossocial e do SUS. Ao discorrer sobre o cuidado às pessoas que fazem uso de drogas, os autores privilegiam o desafio de sustentar a crise garantindo o cuidado em liberdade, assegurando coerência com esse princípio que é o pilar da Reforma Psiquiátrica e da Luta Antimanicomial. Nesse sentido, propõem avançar urgentemente no processo de compartilhamento do cuidado com a Atenção Básica com os demais componentes da RAPS e outros recursos existentes nos territórios. Há deslocamento da compreensão da crise para a sua dimensão psicossocial, questionando e problematizando a crença em pressupostos puramente psicológicos e/ou biológicos – individualizantes – que tradicionalmente circunscrevem a temática fora da perspectiva crítica em Saúde Mental. Busca radicalizar a participação dos usuários no próprio processo de cuidado e atenção à crise, apostando, inclusive, na possibilidade de educação entre os pares. Dessa forma, concluem que, para além das mudanças nos processos de trabalho, é fundamental a constituição de redes de cuidado com pactuações entre os sujeitos para que assim se escutem e se cuidem e, à luz da redução de danos, possam sustentar uma nova cultura do cuidado construída de forma coletiva.Palavras-chave: Atenção à crise. Uso de drogas. Redução de danos. Saúde mental.
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