O despejo irregular de efluentes contendo corantes causa degradação do corpo hídrico. O objetivo desta pesquisa é confecção de carvão ativado através do mesocarpo da Castanha de Caju (Anacardium occidentale) para tratamento de água, por meio da adsorção, com a finalidade de remover o corante Verde Malaquita. Foi coletado 1 kg de biomassa residual de castanha de Caju, em uma Cooperativa no Munícipio de Ipixuna-PA, seguido de processo de ativação química com Hidróxido de Sódio (NaOH). A caracterização da amostra foi realizada pelos métodos de espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier (FTIR), análise termogravimétrica (ATG), análise textural (SBET), Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV/EDS). Quanto tratamento da água contendo o corante, foram realizados estudos para Equilíbrio e Cinética de adsorção. Nesse sentido, para equilíbrio, foram ajustados às isotermas de Freundlich e Langmuir, enquanto que para a cinética foram os modelos Pseudo-Primeira Ordem, Pseudo-Segunda Ordem e Difusão Intrapartícula. Os resultados de FTIR indicaram existência de grupos funcionais hidroxilas (OH) e carboxila (−COOH). O MEV/EDS indicaram partículas sólidas empilhadas e aglomeradas, gerando agregados de morfologia irregular, revelando principalemente os elementos: Oxigênio (O= 46,94%), Carbono(C=34,66%); Sódio (Na=16,13%). Quanto adsorção, para o equilíbrio ajustou-se o modelo de Langmuir (R²adj=0,8487; Qmax =573,83mg/g -1) e adsorção favorável com RL=0,0013. Por outro lado, na Cinética ajustou-se, difusão intra-partícula (R² adj=0,9966; C=69,13 mg/g-1). Portanto, carvão ativado demonstrou eficácia na remoção do corante devido a influência de grupos orgânicos funcionais, que favorecem na interação de moléculas catiônicas.