Uma alternativa viável e eficaz no tratamento de efluentes é o uso de carvão ativado. Este trabalho possui por objetivo a obtenção de um carvão ativado utilizando como material percursor café torrado que passou por um processo prévio de extração, para retirada do óleo bruto, que atue no tratamento do corante azul de metileno. Os materiais foram caracterizados através da determinação da área superficial BET. A cinética de adsorção foi determinada experimentalmente e os modelos comparados aos modelos matemáticos de pseudoprimeira e pseudossegunda ordem, sendo que o modelo de pseudossegunda ordem descreveu mais adequadamente a cinética de adsorção com qe = 103,09 mg.g−1 para C1 e 62,89 mg.g−1 para C2. A capacidade de adsorção de surfactantes aniônicos no equilíbrio obedeceu ao modelo de Langmuir para C1, apresentando K de 2,125 L.mg−1 e qmax de 588,235 mg.g−1 e a isoterma de Freundlich apresentou o melhor ajuste aos dados de equilíbrio para C2, sendo os resultados obtidos para KF e n iguais a 51,019 ((mg.g−1).(L.mg−1)1/n) e 3,104, respectivamente. O ponto de carga zero para C1 está na faixa de 2,001 - 2,009 e C2 de 2,0013. Os resultados demonstraram ambos os carvões ativados são eficientes na remoção de corantes catiônicos.
A casca de pequi (Caryocar brasiliense) é um resíduo sem aplicação tecnológica. Assim, o objetivo do trabalho foi estudar a influência de diferentes parâmetros na obtenção do carvão adsorvente sem ativação, da casca de pequi, e sua aplicação na remoção do corante azul de metileno. Na elaboração do carvão foi utilizada técnicas de planejamento experimental avaliando-se a influência das variáveis: massa inicial da casca e temperatura em relação ao rendimento em massa do carvão e concentração mássica de corante no carvão. Após, o carvão foi utilizado nos ensaios de cinética de adsorção e dessorção do corante. Obteve-se uma faixa ótima para produção do carvão de 375 a 400°C e 66,15 a 75g, em um tempo de 20 minutos, e foi escolhido o ponto de 400°C e 66,15g, possuindo rendimento de 7% e poder de adsorção de 68%. Nos ensaios de cinética o tempo de equilíbrio foi de 90 min para todas as concentrações de corante (10, 5, 3 e 1 ppm) e os ensaios de dessorção resultaram em baixos percentuais de retirada do corante. Conclui-se que o carvão da casca de pequi é um adsorvente de baixo valor, mas sem aplicabilidade industrial pelo baixo rendimento e inviabilidade de recuperação.
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