Contendo em seu território uma das maiores riquezas biológicas do planeta, o Brasil está entre os países com maior potencial para o turismo com fauna silvestre. Neste artigo são discutidos a diversidade, os desafios e as potencialidades do turismo com mamíferos na Amazônia brasileira. Por meio de ampla busca e revisão bibliográfica, é fornecido um panorama da atividade e sugeridas abordagens a serem adotadas para manejar possíveis impactos negativos existentes. Os resultados demonstram que o turismo com a mastofauna amazônica é focado em poucas espécies e desenvolvido em um número reduzido de estados da Amazônia brasileira. Dentre suas potencialidades estão a sensibilização e educação ambiental, a recuperação e conservação das espécies, a geração de divisas e o fortalecimento do turismo científico. Por outro lado, são preocupantes impactos negativos como a habituação e alterações comportamentais das espécies, a manutenção ilegal de animais em cativeiro, a oferta de alimentos que não fazem parte do cardápio natural das espécies e a possibilidade de transmissão de doenças entre os visitantes e a fauna. A intenção do artigo é contribuir na sensibilização de gestores ambientais, pesquisadores, visitantes e operadores de turismo sobre a necessidade de se planejar adequadamente as interações com a fauna que, sendo adequadamente desenvolvidas, podem contribuir para a satisfação dos visitantes, para a geração de renda nas comunidades receptoras e para a conservação das espécies e seus hábitats.