No Flutuante dos Botos, situado no Parque Nacional de Anavilhanas, município de Novo Airão-AM, desenvolve-se o turismo interativo com o boto-vermelho (Inia geoffrensis). As interações com os botos iniciaram em 1998 e, desde então, o empreendimento passou a ser o principal ponto turístico da cidade. Neste trabalho é apresentado o perfil e a percepção ambiental de 119 visitantes do Flutuante dos Botos. Conclui-se que o turismo interativo com os cetáceos no Parque Nacional de Anavilhanas é positivo tanto no âmbito econômico-social do município de Novo Airão, pois promove direta e indiretamente a geração de renda, quanto no âmbito ambiental, já que o modelo de turismo implementado é visto pelos visitantes como uma ferramenta que contribui para a conservação dos botos.
Two species of manatees are found in Northern Brazil—the Antillean manatee (Trichechus manatus), which is found along the coast from Florida to Northeastern Brazil, and the Amazonian manatee (Trichechus inunguis), endemic to the Amazon drainage basin. These species show a sympatric distribution in the region of the Marajó Archipelago, an estuarine area surrounding the Amazon River mouth. There is evidence of the occurrence of interspecific hybrids in this area, based on mitochondrial DNA analyses, although the use of nuclear markers has not corroborated this proposal. Considering that these species show very distinct karyotypes, despite being closely related (2n = 48 in T. manatus and 2n = 56 in T. inunguis), hybrids would present distinct chromosome numbers. Based on this, we conducted cytogenetic analyses using classic and molecular techniques in three calves found stranded in the Marajó Island and Amapá coast. The results showed that one of them, morphologically classified as T. inunguis, presented the correspondent karyotype, with 2n = 56. However, the other two, which were phenotypically similar to T. manatus, showed 2n = 49. Despite the same diploid number, their G-banding patterns revealed some differences. The results of the distribution of some microsatellite sequences have also confirmed the heterozygosity of some chromosomal pairs in these two individuals. These results are the first indubitable confirmation of the occurrence of natural hybrids between T. manatus and T. inunguis, and also brings about some issues concerning the viability of hybrids, considering that these two individuals do not correspond to an F1 hybrid, but instead, both presented a possible F2 karyotype.
This study analyzed the influence of forest structural components on the occurence, size and density of groups of Bare-face Tamarin (Saguinus bicolor) -the most threatened species in the Amazon -and produced the first map of distribution of groups in large-scale spatial within the area of continuous forest. Population censuses were conducted between November 2002 and July 2003, covering 6400 hectares in the Ducke Reserve, Manaus-AM, Brazil. Groups of S. bicolor were recorded 41 times accordingly distributed in the environments: plateau (20); slopes (12); and lowlands (09). The mean group size was 4.8 indiv./group, and ranged from 2 to 11 individuals. In the sites where the groups were recorded, and in an equivalent number of sites where no tamarins were found located at least 500 m from those where they had been recorded, we placed 50 m x 50 m plots to record the following forest structural components: abundance of trees; abundance of lianas; abundance of fruiting trees and lianas; abundance of snags; abundance of logs; percentage of canopy opening; leaf litter depth; and altitude. Bare-face Tamarin more often uses areas with lower abundance of forest logs, smaller canopy opening and with higher abundance of snags, areas in the forest with smaller canopy opening present higher density of S. bicolor groups. Apparently this species does not use the forest in a random way, and may select areas for its daily activities depending on the micro-environmental heterogeneity produced by the forest structural components.
Neste artigo, apresentamos as estratégias desenvolvidas para o ordenamento do turismo com botos (Inia geoffrensis) no Parque Nacional de Anavilhanas, Amazonas, Brasil. Utilizando-se de ferramentas de diagnóstico, de planejamento e de gestão participativa junto aos atores relacionados ao turismo local, foram elaboradas e colocadas em prática normas e orientações quanto à estrutura mínima e à localização do empreendimento onde as interações com os botos acontecem, bem como ao modo como as interações dos visitantes com os animais devem ser desenvolvidas. Estas diretrizes reduzem significativamente os riscos de acidentes e aumentam os benefícios que o turismo com os botos no Parque Nacional de Anavilhanas oferece, podendo subsidiar a elaboração de futuros projetos e de políticas públicas voltadas para a gestão do uso público em outras áreas protegidas.
A atividade turística de interação ser humano-boto-da-Amazônia (Inia geoffrensis), baseada na prática do condicionamento por meio da alimentação artificial, vem aumentando quantitativamente nos últimos anos, assim como a literatura que descreve os seus efeitos negativos. O objetivo deste trabalho é avaliar essa atividade à luz da legislação ambiental, tomando como estudo de caso o Parque Nacional de Anavilhanas (PNA), localizado em Novo Airão, Estado do Amazonas, Brasil. A partir de consultas à literatura especializada, da leitura do arcabouço legal e da análise de material empírico, constata-se que i) legalmente, esta prática está em conflito com alguns aspectos da legislação ambiental, conceitos de ecoturismo e funções das Unidades de Conservação, e ii) administrativamente, os órgãos ambientais responsáveis vêm tomando as medidas necessárias para a mitigação dos impactos negativos e conduzindo ações graduais visando adequar as atividades turísticas à legislação ambiental vigente. Conclui-se afirmando que muito ainda deve ser feito para que o modelo de turismo com botos na Amazônia seja desenvolvido de forma sustentável, sugerindo-se que o conjunto de ações heterogêneas propostas seja implementado para este fim.
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