Objetivou neste trabalho realizar um diagnóstico junto aos apicultores da região do Vale do Jequitinhonha e demais envolvidos com a atividade apícola, com intuito de verificar as potencialidades do mel de aroeira para obtenção da Indicação Geográfica. Realizou se aplicação de questionário com os apicultores e entrevistas com os representantes chave. Os resultados apontaram que existe um grande potencial para conseguir a IG para mel Jequitinhonha. Percebeu-se, que quanto à viabilidade técnica (distinção dos produtos regionais e suas ligações com os fatores naturais e humanos locais, bem como sua controlabilidade), a viabilidade comercial (as tendências do mercado e a disposição de pagar por produtos especiais) e a viabilidade organizacional (o dinamismo e a estruturação da cadeia de valor), o mel Jequitinhonha deve ser trabalhado por todos os atores da cadeia produtiva em prol da IG. Uma amostra “padrão ouro” foi enviada para análise da origem botânica no laboratório da FUNED, e obtiveram respectivamente 99,6% e 98,8% de grão de pólen de aroeira. O mel conseguiu obter pontuação nas principais dimensões de viabilidade para Indicações Geográficas. Essa abordagem exigirá uma ampla colaboração da própria cadeia de valor do mel, das autoridades nacionais e regionais e de especialistas na produção, comercialização e estudos sobre o mel. Portanto, a análise atesta a potencialidade do mel Jequitinhonha para Indicação Geográfica pelo INPI, visto que deve ser trabalhado em conjunto os desafios a serem superados.