O presente estudo teve como objetivo adaptar a Escala Tetrangular do Amor (ETA) para o contexto brasileiro, reunindo evidências de sua validade fatorial e consistência interna, além da invariância fatorial dessa medida em relação ao sexo dos participantes. Participaram 200 estudantes universitários de João Pessoa (PB), que tinham idade média de 25 anos (104 mulheres e 96 homens), sendo a maioria solteira (76,9%). Eles responderam a perguntas demográficas e à ETA, composta de 20 itens igualmente distribuídos em quatro fatores, respondidos em escala de cinco pontos. Foram testados três modelos diferentes: uni (todos os itens saturando em um único fator), tri (coerente com o modelo de Sternberg) e tetrafatorial (o modelo de Yela: compromisso, intimidade, paixão erótica e paixão romântica). Esse último modelo foi mais adequado, tendo os quatro fatores correspondentes alfas de Cronbach superiores a 0,70. Foram também reunidas evidências acerca da invariância fatorial dessa medida entre mulheres e homens. Desse modo, tais achados apoiam a adequação psicométrica da ETA, indicando que ela poderá ser utilizada em estudos futuros para conhecer os correlatos dos fatores do amor.