Os Traumatismos Cranianos Leves e Suas Conseqüências Existenciais

Abstract

As conseqüências cognitivas e comportamentais dos traumatismos cranianos leves que se refletem na vida dos individuos são apresentadas e discutidas pelos autores. Sao mostrados diferentes cenários psicopatolegicos resultantes e as dificuldades existenciais presentes em cada um deles. Os autores, ao apresentarem essas dificuldades, procuram evidenciar quanto a ignorância ou desvalorização dessas conseqüências pode prejudicar a qualidade de vida das pessoas que sofreram tais traumatismos cranianos, assim como de seus familiares.

Masculinidades, Interseccionalidade E Proteção Social Na Política De Educação: Análise a Partir De Uma Escola Pública

“…A imagem do homem negro submisso, portanto, pode ser resumida por Souza (2009) Essa postura do secretário escolar, embora, em parte, justificada pelo diagnóstico de TEA, remete a uma masculinidade hegemônica tida como modelo central de masculinidade, e, portanto, associada à virilidade e construída dentro de uma perspectiva heteronormativa, patriarcal e machista, a qual reverbera por muitos séculos entre as estruturas sociais e a subjetividade dos indivíduos (CONELL, 1995). Uma das formas para que esse ideal de masculinidade se expresse é através da violência simbólica (BOURDIEU, 1998), em que se incorporavam formas "honradas" de ser homem e exigências para que os homens se posicionam de forma a legitimar a dominação dos homens sobre as mulheres (CONELL; MESSERSCHMIDT, 2013).…”

“…E essa "ausência" seria caracterizada também pela desqualificação em relação aos homens negros e pobres, indicando "predisposição" deles a vícios, vida sexual promiscua, alcoolismo, "jogatina", entre outras questões tidas como problemáticas. Aliado a isso, o mito do pai ausente e violento talvez seja, para Souza (2009), uma das representações mais recorrentes referente ao fracasso dos homens negros em relação à representação de um "homem de verdade". A desqualificação dos homens negros como "chefes de família", posição essa destinadas aos homens brancos, faz parte de uma mitologia acerca da família brasileira.…”

“…Nesse sentido, a "afinidade" existente entre o homem negro e a violência, demarcada pela pobreza, pela cor e pelo meio cultural no qual está inserido pela associação aos estigmas de sujeito "marginal" e "bandido", o insere, portanto, em um processo de subjetivação que criminaliza homens negros (MISSE, 2010). Vale ressaltar que o homem negro, segundo Souza (2009), sempre foi visto com desconfiança e temor, e a masculinidade negra, sempre representou uma ameaça ao homem branco (SOUZA, 2009). O homem negro é, portanto, anulado de qualquer originalidade sendo, portanto, coisificado, e retirado de qualquer propriedade que o qualifica enquanto humano (FANON, 2008).…”

“…No entanto, a "surpresa" em relação aos cuidados masculinos pode também representar uma desconstrução do estereótipo do homem negro, uma vez que esse grupo social é pouco associado ao ideal de paternidade, estando, muitas vezes, atrelado ao "mito do pai ausente" que os desqualifica na posição de chefes de família. Em relação às famílias negras, Souza (2009) Nesse sentido, enquanto as mulheres negras são exploradas no que tange às relações produtivas de trabalho, o homem negro é invisibilizado nessa esfera. Desse modo, na medida em que os homens negros não parecem representar esse ideal de homem provedor no que tange à própria família, pois essa tarefa estaria a cargo das mulheres negras, eles podem estar mais presentes na esfera doméstica.…”

“…Desse modo, Além disso, é também respeitar os códigos, os ritos que fazem os homens serem sujeitos que têm uma posição hierárquica na sociedade. Ao mesmo tempo, o homem negro se torna motivo de preocupação da polícia e das políticas higienistas, passando a ser, portanto, caso de polícia ou psiquiatria(SOUZA, 2009). registros de nascimento das crianças, era omitido o nome do pai, sendo indicado apensas o nome da mãe.…”