Introdução: Os enfermeiros da linha de frente enfrentam uma enorme carga de trabalho, fadiga de longo prazo, ameaça de infecção e frustração com a morte de pacientes de quem cuidam. Objetivo: Investigar as atuais evidências sobre o surgimento de quadros psiquiátricos em enfermeiros de Unidades de Terapia Intensiva atuantes durante a pandemia da Covid-19. Metodologia: Estudo de revisão integrativa com busca sistemática, realizada nas bases de dados PubMed, Embase, Cochrane Wiley, e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Os critérios de inclusão foram: (1) artigos eletrônicos, (2) disponíveis na íntegra, (3) nos idiomas português, inglês e/ou espanhol. Foram excluídos resumos, carta ao editor e estudos que não apresentaram relação com a temática. Resultados: Após aplicação dos critérios de elegibilidade, foram incluídos no estudo 21 artigos. Os principais fatores de risco encontrados foram: Trabalho em cuidados críticos voltados para pacientes com Covid-19, Uso de equipamentos de biossegurança, Infraestrutura hospitalar; Fornecimento inadequado de Equipamentos de Proteção Individual, Idade, gênero, estado civil, especialidade e proximidade com os pacientes Covid-19; Impossibilidade de atender às necessidades psico-socioemocionais dos pacientes e familiares; Dificuldade de externalizar suas emoções; Falta de experiência profissional e Medo de contrair o vírus e infectar outras pessoas. Os principais fatores de risco para os desfechos citados acima foram: Exaustão emocional; estresse psicológico; ansiedade; insônia; medo; raiva e frustração. Conclusões: Os enfermeiros que atuam na UTI durante a pandemia da Covid-19apresentaram quadros de alterações psiquiátricas, tendo como principais fatores causais o estresse emocional, gerado por inadequações estruturais e organizacionais nas instituições de saúde.