Este estudo apresenta as concepções de protagonismo juvenil dos estudantes de dez escolas que fizeram parte do projeto piloto do Rio Grande do Sul e tem como problemática: o que dizem os estudantes gaúchos a respeito do protagonismo juvenil após três anos de experiência nas escolas piloto? Trata-se de um estudo de caso com dez escolas-piloto do Rio Grande do Sul, que teve como sujeitos os estudantes do ensino médio. A pesquisa caracteriza-se como básica, exploratória-descritiva e qualitativa-quantitativa. Os dados coletados foram coletados por meio de um questionário e grupos focais. O referencial teórico adotado é pluralista e discute as concepções de juventudes, os níveis de participação juvenil na escola e a relação entre os documentos normativos e as práticas escolares (COSTA E VIEIRA, 2006; DEMO; SILVA, 2020; WELLER; 2014; CORTI; 2019; MOLL; GARCIA, 2014). Os resultados da pesquisa apontam que, por enquanto, nas escolas pesquisadas, está ocorrendo um pseudoprotagonismo juvenil, por meio de escolhas administradas e direcionadas dos itinerários formativos, as quais não têm contemplado a multiplicidade de interesses dos estudantes desapontando-os. No entanto, há a identificação do processo de escolha como uma novidade que agrada-os.
Palavras-chave: Protagonismo juvenil; Reforma Ensino Médio; Lei 13.415/2017.