Com o objetivo de valorizar e qualificar a Atenção Básica, o Ministério daSaúde lança em 2012 o Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica (PMAQ), que é constituído por processos de autoavaliação, monitoramento, avaliação externa, educação permanente e apoio institucional. Para a etapa de autoavaliação, é disponibilizado o instrumento denominado Autoavaliação para Melhoria do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica (AMAQ), que apresenta duas unidades de análise (gestão e equipe) com diversos padrões de qualidade para cada subdimensão avaliada. O objetivo deste trabalho foi relatar a etapa de autoavaliação de uma equipe de Saúde da Família. Dentre as subdimensões avaliadas, a “Educação Permanente e Qualificação das Equipes de Atenção Básica”, a “Atenção Integral” e o “Programa Saúde na Escola”, obtiveram classificação “satisfatório”. O pior resultado obtido foi para a subdimensão “Participação, controle social e satisfação do usuário”, com classificação “muito insatisfatório”. Já a subdimensão “Organização do processo de trabalho”, obteve a classificação “muito satisfatório”. Somando a média de desempenho das subdimensões, a equipe obteve classificação geral “satisfatório”. Ainda que o resultado tenha sido positivo, a equipe pactuou a construção de uma matriz de intervenção para todos os padrões de qualidade que apresentassem fragilidade. O instrumento da AMAQ retrata diversos aspectos que envolvem o trabalho na AB, sendo um potente dispositivo de reflexão e indutor de mudanças para melhoria dos indicadores de saúde no território. Nesse sentido, a institucionalização da avaliação é fundamental para que as equipes sistematicamente realizem reflexão sobre o próprio trabalho.