ResumoEstima-se que existam, no Brasil, cerca de seis milhões de crianças e jovens com necessidades educacionais especiais, para um contingente oficial de matrículas em torno de 500 mil alunos, considerando o conjunto de matrículas em todos os tipos de recursos disponíveis, desde escolas especiais até escolas e classes comuns. Grande maioria dos alunos com necessidades educacionais especiais encontra-se hoje fora da escola, o que configura muito mais uma exclusão generalizada da escola, a despeito da anterior retórica da integração e/ou da recente proposta de inclusão escolar. O estudo teve como objetivo investigar a acessibilidade e adaptações estruturais em 14 escolas estaduais de um município mineiro e identificar a prevalência de alunos com deficiência. Estudo transversal e descritivo através de um questionário e registro fotográfico. Do total de alunos matriculados, 111 possuem algum tipo de deficiência, com prevalência no sexo masculino, idade média de 13,84 ± 5,19, onde 65,77% com deficiência mental. Em relação às adaptações estruturais, 92,86% possuem rampas nas entradas das escolas, 50 % vaso sanitário adaptado com barras de segurança e acesso com corrimãos, 28,57% piso antiderrapante, 21,43% mobiliário adaptado e rampas na entrada das salas de aula. Apenas 14,29% constam com altura ideal da pia e da saboneteira, em nenhuma foi encontrado banheiros com espelhos inclinados. Conclui-se indubitavelmente que há necessidade de melhoria das condições de acessibilidade na rede educacional. Faz necessária implantação de medidas adaptativas com o intuito de tornar cada vez mais presente a inclusão e acessibilidade a pessoa com necessidades especiais.Palavras-chave: Inclusão; Acessibilidade; Pessoas com deficiência.