O objetivo deste trabalho foi estudar a cobertura florestal da Área de Proteção Ambiental Rainha das Águas (APA Rainha das Águas) e apontar as suas contingências e potencialidades, visando embasar o seu futuro plano de manejo. A APA abrange todo o Município de Paraíba do Sul, Estado do Rio de Janeiro. Foi realizada uma revisão bibliográfica e trabalhos de campo para obter as contingências, potencialidades e características da APA, incluindo a caracterização visual da vegetação para validação da análise da cobertura florestal realizada com as Bases Cartográficas RJ (2010) e Contínua RJ-25 (2018) no Datum SIRGAS 2000.Foram detectados 612 fragmentos florestais e a porcentagem da área da APA coberta por florestas foi de 23,01%. Dentre os problemas identificados na APA estão o desmatamento e as queimadas, que provocaram a redução e fragmentação das florestas nativas. Também são contingências relevantes a caça, a pesca predatória, as construções em locais inapropriados, a agropecuária e a silvicultura realizadas de forma imprópria, a poluição por efluentes líquidos, a introdução de espécies exóticas, a falta de conhecimento da população sobre a APA e a escassez de recursos financeiros. Dentre as ações de manejo necessárias, estão os reflorestamentos, a fiscalização, o planejamento ambiental, o estímulo à adoção de policultivos e práticas agroecológicas, o tratamento de efluentes, informar a população sobre a APA e suas potencialidades, utilização do valor arrecadado com ICMS Ecológico, compensação ambiental e produtos e serviços da APA na gestão da unidade. A educação ambiental deve ser utilizada para minimizar vários problemas identificados. Como potencialidades, cita-se o turismo histórico, ecológico e rural. Ressalta-se a importância da proteção do rio Paraíba do Sul, essencial para o abastecimento público. A partir da implementação dos programas de manejo necessários, a APA pode colaborar efetivamente para o desenvolvimento sustentável do Município de Paraíba do Sul.