Partindo de algumas notas biográficas e históricas para contextualizar Luandino Vieira, escritor militante que elaborou um novo cânone das literaturas pós-coloniais de língua portuguesa, refletiremos sobre a importância da memória como instrumento de resistência em condições de limitação da liberdade (Todorov, 1996), destacando o valor auxiliar da escrita literária como fonte histórica, central no âmbito da produção do escritor, quase inteiramente surgida no cárcere. Finalmente, através da análise de dois contos de Vidas Novas, será avaliada a função de testemunho da totalidade da sua obra, com foco na representação da violência exercida pelas forças coloniais sobre o povo angolano.