Os pacientes portadores de doenças crônicas possuem dificuldades para aderir ao tratamento proposto pela equipe de saúde e, ao conhecer o perfil dessa população e suas dificuldades nesse processo pode-se traçar novas estratégias de intervenção. Assim, este estudo tem como objetivo descrever as características sociodemográficas e clínicas de indivíduos com hipertensão arterial e diabetes mellitus como subsídio para o planejamento de futuras intervenções. Foi realizado um estudo descritivo, transversal e quantitativo, com usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) da cidade de São José do Rio Preto/SP, Brasil, durante os anos de 2018 e 2019. Entre os 68 participantes, a maioria eram do sexo feminino (70,6%), tinham entre 60 e 69 anos (48,5%) e alfabetizados (82,4%). Dos participantes que não compreendiam as orientações médicas (n=7; 10,3%), um (1,5%) afirmou ser por dificuldades quanto ao horário e outro (1,5%) devido à ilegibilidade da letra do médico. Os demais (97%) não souberam ou não quiseram explicar o motivo. Além disso, aqueles que receberam orientações quanto ao uso de medicação, 17 (25%) responderam que receberam as informações do médico, um (1,5%) do farmacêutico, um (1,5%) por outra pessoa e 49 (72%) não especificaram. Desta maneira, conclui-se que a maioria da população não faz uso de tabaco e/ou de bebida alcóolica, não pratica atividade e/ou segue alguma dieta, comportamentos importantes para o tratamento das doenças crônicas. Grande parte dos participantes entendiam e seguiam orientações médicas o que refletiu pouca hospitalização decorrente dessas patologias durante o período do estudo.