Introdução: A transição demográfica que ocorre no território brasileiro traz para discussão o processo de transição epidemiológica que vivemos, onde as doenças infectas parasitárias somam-se às doenças crônicas não transmissíveis, nesse contexto, dados recentes do Boletim Epidemiológico HIV/AIDS 3 demonstram que os casos de HIV continuam crescendo, com 364 infectados com 55 anos ou mais em 2016 e, até 30 de junho de 2017, foram registrados 132 casos. Objetivo: descrever a atuação dos médicos de família e comunidade e dos generalistas na prevenção primária e secundária em relação à infecção pelo HIV na população idosa atendida pela Atenção Primária à Saúde (APS) do município de Porto Alegre/RS. Metodologia: trata-se de um estudo transversal, misto, em que os médicos que atuam em Unidades Básica de Saúde (UBS) ou na Estratégia Saúde da Família (ESF) na APS em Porto Alegre/RS responderam a um questionário online. Resultados: os 38 participantes tinham entre 26 e 67 anos de idade, com uma média de 42±10 anos, apresentando entre 1 a 30 anos de atuação na atenção básica, com média de 11,5±9 anos; 39,5% (15) eram médicos generalistas, e 60,5% (23) eram médicos de família e comunidade. Durante a fala dos participantes evidenciou-se a temática da sexualidade, infecções sexualmente transmissíveis, situações e grupos de risco e, inclusive houve médicos que referiram não realizar o tratamento para o HIV por falta de conhecimento. Conclusões: evidenciou-se que os médicos da rede básica de saúde não realizam prevenção primária e secundária para a infecção pelo HIV em idosos de forma rotineira, não são todos os médicos que se sentem capacitados para indicação de TARV e ainda, demonstram em suas falas que a sexualidade no idoso representa um “tabu” para os profissionais.